O autor do duplo atentado de 22 de julho na Noruega pode esperar um tratamento bem diferente dos reclusos de prisões noutros países. O sistema prisional norueguês assenta em duas ideias: as prisões tradicionais, baseadas na repressão, não funcionam e o tratamento humano dos prisioneiros aumenta as suas hipóteses de reintegração na sociedade.
Esta filosofia é visível em tudo, conforme constatou no terreno a revista Time, que descreve celas em muitos casos parecidas com quartos de estudantes em residências universtárias e uma relação entre detidos e guardas muito diferente: por exemplo, os guardas raramente usam armas, porque estas criam, alegadamente, “uma distância social desnecessária”.
As televisões de ecrã plano são justificadas com o facto de serem menos propícias a servirem de esconderijo para drogas.
Embora os vários países usem técnicas diferentes para avaliar a percentagem de reincidência do crime, o que não permite uma comparação correta, os números indicam que entre 50 a 60% dos reclusos que saem em liberdade no Reino Unido e Estados Unidos voltam à prisão, enquanto o mesmo apenas acontecerá 20% dos prisioneiros noruegueses.