A luta entre o Homem e os elementos é sempre desigual. Na Madeira, depois de mais uma noite de chuvas e ventos fortes, os trabalhos de limpeza avançam, mas, a cada metro ganho pelos máquinas (as que resistem), outra derrocada acontece.
A freguesia do Seixal continua isolada desde Domingo às 5:00 da manhã e ainda não há previsão de ligação a Porto Moniz ou a São Vicente.
Os concelhos de São Vicente e de Santana, no norte da Madeira, foram os mais atingidos pelas chuvas e vento na madrugada desta terça-feira, mas não há vitimas a registar, disseram à agência Lusa os bombeiros locais.
“Houve muitas derrocadas, casas inundadas no sítio do Passo, perto das Grutas de São Vicente, vários carros arrastados, mas não houve danos pessoais porque as pessoas já estavam avisadas das chuvas”, disse uma fonte dos Bombeiros Voluntários de São Vicente e do Porto Moniz (BVSVPM).
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Jorge Romeira, revelou que a “noite foi muto mazinha” porque “chove desde as 23h00 horas de segunda-feira”.
Segunda noite de tempestade
Desde domingo que o mau tempo deixou a Madeira em alerta laranja – o segundo mais grave adotado pelo Instituto de Meteorologia. Não se registaram “danos pessoais”, mas a situação mais complicada ocorreu a costa norte da ilha.
Uma casa foi arrastada no Seixal, mas a pessoa que lá vivia “tinha sido retirada anteriormente”. Houve “duas pessoas que ficaram presas dentro de uma viatura na Ribeira da Janela, tendo sido entretanto retiradas e ficaram “livres de perigo”.
Nesta localidade ocorreram uma série de derrocadas que impediram a circulação na via expresso
Registaram-se ainda de problemas nas zonas do Faial e Santana, onde “ocorreram diversas situações de queda de pedras e derrocadas, que motivaram também a interrupção da via expresso”.
As corporações de bombeiros registaram ainda a inundação de uma casa no concelho de Santa Cruz e a necessidade de desobstruir uma estrada na zona do Pináculo.
Há registo também de várias inundações em Santana e em uma em Machico.
Esta situação afetou igualmente a ilha do Porto Santo, tendo os bombeiros sido chamados para apoiar numa inundação da casa das máquinas da Empresa de Eletricidade da Madeira.