Segundo a Assistência Médica Internacional (AMI), os seus centros Porta Amiga apoiaram no primeiro semestre deste ano mais 10% de pessoas do que no mesmo período do ano anterior.
“Estes valores demonstram uma nítida tendência para um crescente número de casos de pobreza persistente. A grande maioria destas pessoas encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade”, pode ler-se num comunicado daquela organização.
A União Europeia (UE) elegeu o combate à pobreza como uma das suas grandes prioridades, considerando que a crise económica o torna ainda mais urgente, dentro e fora da Europa.
Em vésperas do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala sábado, o comissário europeu dos Assuntos Sociais defendeu, numa declaração à agência Lusa, que, “no curto prazo, é vital prevenir um círculo vicioso de desemprego de longa duração que conduza à exclusão social”.
“Os nossos sistemas de protecção social ajudaram a mitigar os piores impactos da actual recessão, mas são muitas vezes aqueles mais vulneráveis que são mais atingidos em situação de crise: além das perdas de postos de trabalho, muitos enfrentam dificuldades para cumprir os seus compromissos financeiros, ter uma habitação decente ou ter acesso ao crédito”, apontou Vladimir Spidla.