As equipas formadas por cientistas franceses e japoneses chegaram à conclusão de que o nosso cérebro organiza-se de forma a manter as suas funções essenciais em detrimento de outras.
Em situações de fome extrema, este órgão, considerado o regulador central do organismo, dá prioridade à nossa memória apetitiva – que se forma através de uma única experiência – em relação à memória aversiva que obriga a uma aprendizagem repetitiva.
Esta estratégia cerebral de primar pelo funcionamento de um tipo de memória menos energético faz sentido para os investigadores, pois podemos aprender a diferença entre a vida e a morte quando se trata de competir por recursos escassos. No entanto, quando se trata de fome, a obtenção de comida é prioritária perante a preservação da própria segurança.
A experiência foi realizada em moscas do vinagre (Drosophila melanogaster), animais habituais nos laboratórios de biologia, e os seus resultados foram publicados na revista Science.