Marcelino Ferreira, 42 anos, só teve tempo para fugir para uma pequena gruta e salvar a vida. Na tarde de quinta-feira, 19 de Julho, assistiu a “um inferno” no topo da Ribeirinha, na Camacha, Madeira. O fogo subiu as encostas do lado direito e do esquerdo e atingiu-lhe a marcenaria. O prejuízo, diz, foi de 500 mil euros.
“Passei a tarde a regar, com a minha filha, à volta da carpintaria.” Mas as chamas consumiram o negócio da sua vida. “Parecia um fósforo, com o mato todo seco e com o vento forte, foi tudo uma questão de minutos…”. Casado, Marcelino é pai de três crianças.
Quando se viu rodeado de chamas, o marceneiro só teve tempo de fugir para uma pequena gruta de onde provém água para a rega. Ali se refugiou, refrescando o corpo e passando água pela boca e olhos. Ali viu o lume a destruir o seu negocio, impotente. Na carpintaria já trabalharam nove pessoas mas, de momento, empregava só três funcionários. “A minha vida está aqui toda destruída”, lamenta.
LEIA MAIS HISTÓRIAS DAS VÍTIMAS DOS FOGOS NA MADEIRA E NA SERRA ALGARVIA NA VISÃO DESTA SEMANA