A enorme tempestade de areia foi detetada no final de maio e, à medida que foi crescendo, o Opportunity, em Marte desde 2004, ficou mesmo no meio dela. Atualmente, expande-se por mais de 18 milhões de quilómetros quadrados.
No vale onde a sonda se encontra, a poeira é tanta que bloqueou a luz do Sol, impedindo o carregamento das suas baterias com recurso a painéis solares. Assim, no passado dia 6, o Opportunity entrou em modo de poupança de energia, limitando-se às operações mínimas, o que significa que não há contacto com a Terra. No domingo, fez uma transmissão, o que foi visto como um bom sinal, dada a intensificação da tempestade, mas, desde então, não dá sinais de vida.
“Estamos preocupados mas esperançosos que a tempestade passe e o robô comece a comunicar connosco”, afirmou quarta-feira John Callas, gestor do projeto Opportunity.
A NASA adianta que, não sendo a primeira, esta é uma das tempestades mais intensas alguma vez observadas em Marte. Pode demorar semanas ou mesmo meses até o céu do planeta vermelho voltar a ficar limpo o suficiente para que a luz do Sol atinja a superfície do planeta e recarregue as baterias dos painéis solares do Opportunity.