Navegue aqui pelo mapa noturno
As imagens da Terra à noite, o pontilhado de luzes mais ou menos intensas num fundo negro, são sempre irresistíveis. Elaborados à média de um por cada década, os mapas noturnos do nosso planeta servem vários propósitos de investigação.
E enquanto uma equipa de investigadores liderados por Miguel Román, do Goddard Space Flight Center da NASA, não lança uma ferramenta inédita que permitirá a atualização muito mais frequente do mapa noturno (anual, mensal ou mesmo diária), divulga, para já, este novo mapa, que corresponde às observações de 2016.
O grupo da agência espacial americana examinou as diferentes formas como a luz é irradiada, difundida e refletida pelas superfícies da terra, dos oceanos e da atmosfera.
Para quem esteja a pensar que não pode haver grande dificuldade em captar fotos noturnas dos vários pontos da Terra vistos do espaço e concentrá-las num único mapa, diga-se que que ao mapeamento da noite no planeta com recurso a imagens de satélite enfrenta um desafio de monta: a influência das fases da lua na luz visível na Terra.
Além de esperar detetar falhas de energia na sequência de catástrofes naturais e acelerar o auxílio nesses casos, a equipa da NASA espera que uma atualização mais imediata deste mapa noturno possa ter várias outras utilidades: controlar a pesca ilegal, controlar movimentos de gelo ou, como é intenção de investigadores de Puerto Rico, ajudar a proteger as florestas tropicais e as zonas costeiras com ecossistemas frágeis, usando os dados disponíveis para reduzir a poluição luminosa.
Para já, anuncia a agência, as Nações Unidas já usaram esta informação para monitorizar os efeitos da guerra civil na Síria na energia elétrica e o movimento das populações deslocadas.