Em novembro de 2016, foi notícia que o Verubecestat, um novo e promissor comprimido contra o Alzheimer produzido pela farmacêutica Merk, tinha passado com sucesso a primeira fase de testes.
Os trabalhos continuaram mas esta semana a Merk veio a público dizer que irá parar com o ensaio clínico, que já ia na terceira fase, depois da divulgação dos resultados de um estudo independente, onde se descobriu que o comprimido “não tem qualquer hipótese” de funcionar.
A doença afeta entre 60 a 80% dos cerca de 47 milhões de pessoas que vivem com demência, em todo o mundo. E as previsões apontam para uma evolução destes números, que deverão duplicar-se a cada 20 anos. Várias farmacêuticas têm testado comprimidos que visam a inibição da produção das proteínas amiloides-beta, que se acumulam no cérebro dos doentes com Alzheimer.
Há três meses, também a farmacêutica Eli Lilly anunciou o fim dos testes que iniciou para o Solanezumab, um comprimido com princípios ativos semelhantes aos do Verubecestat. A decisão seguiu a descoberta de que os doentes a tomar o medicamento não demonstraram sinais de melhorias relativamente aos que estavam a testar um placebo.
Relativamente ao Verubecestat, no qual a comunidade cientifica depositava muita esperança, os investigadores dizem que a falha se verificou sobretudo nos doentes num estado ainda pouco avançado da doença e que isso significou um retrocesso substancial dos trabalhos.