Quando a Pixar lançou À Procura de Nemo em 2003, começou uma inesperada adoração do peixe-palhaço – o escolhido para ser personagem principal do filme – e a suas vendas dispararam em flecha. Subiu qualquer coisa como 40 por cento, de acordo com algumas estimativas. À época, alguns cientistas temeram pela população de peixes-palhaço, se muitos fossem apanhados no seu habitat natural. Mas logo os criadores do peixe em viveiro apresentaram os seus préstimos, reduzindo assim o impacto que teria retirá-los dos recifes de coral.
Agora que vem aí a sequela – Finding Dory, com estreia marcada nos EUA a 17 de junho e por cá uma semana depois, a 25 – os cientistas estão preocupados com o destaque dado ao Cirurgião-Patela, nome científico do famoso peixe-azul.É que, segundo explicaram os especialistas ao The Huffington Post, não há registo de conseguir criá-lo em cativeiro e se a sua popularidade for semelhante à que Nemo – ou o peixe-palhaço – alcançou há uma década, pode ficar em risco. Receiam os seus estudiosos que a pressão comercial leve a uma captura excessiva nos recifes de coral ( sobretudo, na região do indo-pacífico, um dos principais habitats mundiais deste peixe).
O receio é tão grande que um grupo defensor dos direitos dos animais já apresentou uma petição a instigar a Disney a incluir um anúncio muito especial, antes da projeção do filme: “divirtam-se connosco a encontrar a Dory, mas não queiram à força tê-la em casa. Ou a sua população pode diminuir tanto que põe a espécie em risco.”