O cineasta morreu vítima de uma pneumonia, em Lisboa. Nascido em Caála, Angola, a 27 de junho de 1933, fonseca e Costa começou por fazer crítica cinematográfica nas revistas Imagem e Seara Nova.
A sua paixão pelo cinema surgiu na juventude após ter visto um filme de Orson Welles.
Fonseca e Costa foi dirigente do Centro Português de Cinema, da Associação de Realizadores de Cinema e Audiovisuais e presidente do Conselho de Administração da Tobis Portuguesa, entre 1992 e 1996. Eleito para o Conselho de Opinião da RTP, em 2000, enenou ainda em 2012 a peça de teatro O Libertino, no Teatro da Trindade, em Lisboa.
O último filme do realizador, Axilas, baseia-se num conto do escritor Ruben da Fonseca e tem como produtor Paulo Branco, o argumento é de Mário Botequilha. O filme não está terminado mas José Fonseca e Costa deixou indicações expressas para que seja finalizado de acordo com a sua vontade.
Vida
Nas décadas de 50/60 andou pelos cineclubes, militou no Partido Comunista, esteve preso por duas por ordem da PIDE.
“O Recado”, “Os Demónios de Alcácer-Kibir”, “Kilas”, “Sem Sombra de Pecado”, “Balada da Praia dos Cães, “Cinco Dias, Cinco Noites”, “Viúva Rica Solteira Não Fica” – isto para citar apenas alguns, são filmes que ficam para a história do cinema português.
Filmou até 9 de Outubro, data em que teve uma homenagem, a que compareceu, em Linda-a-Velha. A pneumonia agravou a leucemia com que lutava há vários meses, não conseguiu recuperar, faleceu esta manhã no hospital de Santa Maria, em Lisboa, com 82 anos de idade.
Kilas, o Mau da Fita, de 1980, é o maior sucesso do realizador. O filme ficou para a história do cinema português. Um sucesso de bilheteira que ainda hoje é recordado por muitos fãs da sétima arte.