Segundo a AFP, há informações contraditórias sobre a forma como ocorreram as mortes, mas o Ministério do Interior egípcio indicou que os prisioneiros fizeram um guarda refém e morreram asfixiados com gás lacrimogéneo.
“Trinta e seis prisioneiros morreram de asfixia, depois de ter sido usado gás lacrimogéneo para impedir a sua fuga”, indicou o ministério.
Estas 36 mortes foram as mais recentes reportadas nos últimos cinco dias de escalada de violência no Egito, desde a dispersão à força dos acampamentos no Cairo de apoio ao Presidente islamita deposto Mohamed Morsi, o primeiro democraticamente eleito no país.
Segundo uma contagem da AFP, mais de 1.000 pessoas foram mortas desde que as manifestações em massa emergiram no fim de junho. A contagem inclui um filho do guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, que morreu na sexta-feira.
O estado de emergência e o recolher obrigatório noturno continuam em vigor no Egito.
O derramamento de sangue no Egito já foi condenado pela comunidade internacional, com os diplomatas europeus a agendarem reuniões de emergência para hoje para discutir a situação e ações futuras da União Europeia.
Segundo a agência EFE, realiza-se hoje uma reunião em Bruxelas para analisar a situação e estudar a eventual convocatória de um encontro extraordinário dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros.