Os distúrbios eclodiram à medida que multidões se concentraram na ‘Lower Newtownards Road’, disse o serviço de polícia da Irlanda do Norte (PSNI, na sigla em inglês), citado pela AFP.
Um veículo da polícia foi atingido por duas bombas e outros projéteis, sem que tivessem sido reportados quaisquer ferimentos, informou a polícia.
O fotógrafo, cuja identidade não foi revelada pela polícia, nem o órgão de informação para o qual trabalha, foi agredido e a sua câmara roubada.
Quatro carros foram roubados e incendiados.
Incidentes de violência foram registados em Mount Vernon, no norte de Belfast, e em Woodvale Road e North Queen Street.
Os distúrbios começaram na sexta-feira, quando a polícia tentou aplicar a decisão que interditava a marcha protestante de 12 de julho de atravessar o bairro católico de Ardoyne, em Belfast. Cerca de 30 agentes da polícia e um deputado ficaram feridos.
Cerca de um milhar de agentes da polícia da Grã-Bretanha foram destacados para a Irlanda do Norte em antecipação às tensões da tradicional parada de 12 de julho, habitualmente marcada por confrontos.
Este dia feriado na Irlanda do Norte marca o aniversário da vitória do rei protestante William III na batalha de Boyne em 1690 sobre o rei católico deposto James II. As marchas protestantes são organizadas tradicionalmente de abril a agosto na Irlanda do Norte e cul culminam com a parada de 12 de julho.
Ações de violência são registadas com frequência nas marchas entre protestantes que desejam que a Irlanda do Norte permaneça na Grã-Bretanha e católicos que desejam a integração numa Irlanda unificada.
A Irlanda do Norte, uma província britânica, tem um histórico de 30 anos de violência sectária, que fez 3.500 mortos antes da assinatura dos acordos de paz em 1998, que conduziram à partilha do poder entre protestantes e católicos.