As obras de connstrução do sistema subterrâneo de contenção, de 100 metros de comprimento, terminaram na última sexta-feira, depois de concluído um complexo sistema de injeção química para endurecer o solo e evitar fugas de água radioativa dos reatores do complexo nuclear de Fukushima para o mar. No entanto, parte da água está a conseguir passar a barreira.
A decisão da TEPCO, responsável pela central nuclear de Fukushima, de construir um sistema de contenção subterrâneo foi tomada depois dos picos de radiação detetados em amostras de água, no último mês de maio. Um porta-voz da companhia, Yoshikazu Nagai, explicou a semana passada que a empresa não reagiu com rapidez às fugas de água radioativa porque estava mais preocupada com o sobreaquecimento dos reatores danificados.
Recorde-se que três reatores na central de Fukushima ficaram seriamente afetados com o sismo seguido de tsunami de março de 2011, que destruir os sistemas de energia e arrefecimento da central.
Embora não seja ainda conhecida a dimensão da contaminação marítima, a empresa admite que podem ter chegado ao mar cerca de 40 triliões de bequeréis de tritio radioativo, um elemento solúvel na água, capaz de afetar o ADN, mas considerado menos perigoso que, por exemplo, o césio ou o estrôncio que terão vazado para o mar ao longo dos últimos dois anos.