Natural da Nova Zelândia, Hohepa Morehu-Barlow, também conhecido como Joel Barlow, declarou-se culpado das oito acusações que pendiam sobre si, incluindo a de fraude agravada como funcionário e falsificação pelo tribunal distrital de Brisbane.
Na leitura da sentença, o juiz Kerry O’Brien afirmou que Morehu-Barlow montou um audaz mas pouco complexo esquema, através do qual desviava fundos de um programa de subsídios que geria para pagar o seu extravagante estilo de vida.
“Não posso ignorar a quantidade de dinheiro envolvida aqui (…), de facto, trata-se de erário público”, apontou O’Brien, citado pelo jornal The Australian.
As acusações contra Morehu-Barlow, 37 anos, dizem respeito ao facto de ter defraudado o Estado, enquanto trabalhava como gestor para um departamento de Saúde, entre 2007 e 2011.
“Os fundos desviados são dinheiro público (…) para apoiar instituições de caridade e outros grupos comunitários”, disse o promotor do Ministério Público, Todd Fuller, em declarações citadas pelo Brisbane Courier-Mail.
Em tribunal foram ouvidos relatos de que Morehu-Barlow assinavam documentos no banco usando as iniciais HRH (His Royal Highness, ou Sua Alteza Real), refere a AFP.
Quando Morehu-Barlow foi detido em 2011, a polícia descobriu um conjunto de bens de luxo, incluindo uma falsa coroa, no seu apartamento à beira-mar, alegadamente financiado com as verbas desviadas.
Muitas das centenas de bens foram vendidos em leilão no início deste mês, entre os quais um candeeiro sob a forma de cavalo em tamanho real, uma sela Hermes, um relógio Chanel e uma prancha de surf da Louis Vuitton.