Mariano Rajoy detalhou um aumento de três pontos na taxa máxima do IVA (de 18 para 21 por cento) e de dois pontos (de 8 para 10) na taxa reduzida, aumentando também a fiscalidade ambiental e o imposto sobre o tabaco.
Paralelamente, explicou, o Governo vai reduzir em um ponto este ano e em um ponto em 2013 as cotações sociais.
O chefe do Governo anunciou ainda a eliminação das deduções por compra de casa e a redução no subsídio de desemprego a partir do sexto mês, mantendo-se ainda assim o prazo máximo de 24 meses para receber esse apoio.
Um pacote de medidas, do lado da receita e da despesa, explicou, que representa um saldo positivo para as contas públicas espanholas de “65 mil milhões de euros nos próximos dois anos e meio”.
“O panorama é muito sombrio. Temos que fazer esforços adicionais”, disse Mariano Rajoy, numa sessão extraordinária do Congresso de Deputados.
“Desde dezembro estamos a fazer ajustes orçamentais orientados à correção do défice, agora a situação recessiva e as recomendações europeias, obrigam a reduzir mais os gastos e a aumentar as receitas.
Referindo-se à “herança” de dívida e défice que o seu Governo encontrou, Mariano Rajoy insistiu que o Executivo está comprometido em cumprir os seus acordos europeus e em garantir o controlo das contas públicas.
“Não serve protestar com o que um se encontra. Mas é missão do meu Governo libertar Espanha do peso dessa herança. Estamos comprometidos em cumprir com responsabilidade, disciplina e diligência, os nossos compromissos”, declarou.