Numa semana recheada de acontecimentos insólitos – se é que esta palavra se pode aplicar a Donald Trump – os internautas deram, mais uma vez, a volta ao algoritmo da Google e, quando se pesquisa “idiot” (idiota) nas imagens, a primeira que aparece é a cara de Trump.
A visita do presidente dos EUA ao Reino Unido deu o mote para uma espécie de campanha anti-Trump na internet depois de os fãs da banda punk Green Day pedirem para que se descarregasse ou ouvisse no YouTube ou Spotify uma música já com 14 anos: “American Idiot”.
Alguns fãs criaram o site “American Idiot For UK No 1 When Trump Visits” (American Idiot em N.º 1 no Reino Unido para a visita de Trump) e apelaram para que todos os admiradores da banda a ouvissem entre a meia-noite de dia 6 e as 23h59 de dia 12 de julho. A verdade é que a música, 14 anos depois, voltou a entrar no Top das mais ouvidas. Foi mesmo a mais comprada na Amazon Music e Google Play e a terceira mais tocada no iTunes do Reino Unido.
À boleia disto foi criado um cartaz com o nome da banda e da música ao lado de uma foto de Trump. Desde essa altura, muitas outras pessoas se associaram à campanha e começaram a associar a palavra “idiot” à imagem, dando a volta ao algoritmo da Google – que está sempre a ser aperfeiçoado para funcionar melhor e mais depressa, não para ser mais sensível.
Neste caso, por exemplo, isto aconteceu porque a maioria das pessoas escrevia “idiot” e associava a foto de Trump no Reddit.
Não é a primeira, nem será a última vez que acontece.
À equipa de Trump é atribuída a forma como o logo da televisão CNN aparecia nos primeiros lugares quando se pesquisava “fake news”.
Em 2009, uma busca por “Michelle Obama” mostrava logo de início uma foto manipulada da então primeira-dama para parecer um macaco.
Antes das eleições que levaram Trump ao poder, pesquisar “rapist” (violador) trazia de imediato quatro fotos de Bill Clinton nas dez primeiras imagens.