Os dados não têm confirmação oficial, mas são várias as organizações no terreno a falar em mais de 70 vítimas mortais do ataque com características do uso de armas químicas em Douma, o último bastião rebelde na região síria de Ghouta Oriental, na Síria.
“Setenta pessoas sufocaram até a morte, e centenas ainda estão a sufocar”, garante Raed al-Saleh, responsável dos Capacetes Brancos, ONG dedicada ao resgate de vítimas das zonas sob controlo dos rebeldes.
O grupo pró-oposição Ghouta Media Center também fez as mesmas contas e fala, no Twitter, em 75 mortos e um total de mil civis afetados.
À BBC, a Union of Medical Relief Organizations, uma ONG americana que atua em hospitais sírios, adianta que confimrou também 70 mortes.
Suspeita-se que tenha sido usado uma bomba-barril disparada por um helicóptero e contendo gás sarin, um agente tóxico que afeta o sistema nervoso. Há relatos de pessoas com convulsões e a espumar da boca, sintomas consistentes com a exposição a um gás nervoso ou cloro.
O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, rejeitam a responsabilidade das forças governamentais, ao passo que o Presidente norte-americano condenou o “ataque químico sem sentido” e chamou “animal” ao Presidente sírio, Bashar al-Assad.
Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou preocupação pela situação dos civis e afirmou-se “particularmente alarmado” pelo alegado ataque químico.
Entretanto, nove países pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre o presumível ataque químico.