A condenação injusta de Huugjilt, que com 18 anos foi considerado culpado de violar e assassinar uma mulher numa casa de banho pública, é um dos casos mais mediáticos na China envolvendo um erro da justiça.
O verdadeiro culpado, Zhao Zhihong, foi preso em 2005 e executado no ano passado.
Um dos funcionários envolvidos na condenação injusta de Huugjilt, Feng Zhiming, é suspeito de crimes relacionados com o exercício da profissão e será alvo de uma investigação mais aprofundada, revela a agência oficial chinesa Xinhua.
Feng, ex-vice-chefe da Segurança Pública no distrito de Xincheng, em Hohhot, capital da Mongólia Interior, poderá enfrentar acusações criminais.
Os restantes 26 funcionários receberam penalizações administrativas.
Os pais de Huugjilt foram compensados em dois milhões de yuan (cerca de 296 mil euros).
A China é o país que mais aplica a pena de morte, sendo responsável pela maioria das execuções registadas anualmente no mundo, segundo a organização de direitos humanos Amnistia Internacional.
O número exato de casos envolvendo a pena capital no país continua, porém, a ser desconhecido, por ser considerado um segredo de Estado.
Mais de uma dezena de crimes, do tráfico de droga à corrupção, são passíveis de pena na morte na China.