Em dezembro 2004, Alberto Chaíça, então o melhor maratonista português, acusou positivo num teste antidoping, após uma corrida em França. A deteção da substância proibida levou a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla internacional) a recomendar a advertência ao atleta – facto que levou a VISÃO a incluir, num artigo recente sobre a Conforlimpa, o nome de Chaíça numa lista de desportistas da equipa que foram “apanhados nas redes do doping”.
Esta semana, Alberto Chaíça contactou a VISÃO para contestar a sua presença no grupo de atletas com doping. O ex-maratonista explica que é asmático e que, por causa disso, tomava (como, aliás, ainda hoje faz) salbutamol, medicamento para o qual estava devidamente autorizado. No entanto, um atraso burocrático, por parte dos serviços médicos da Federação Portuguesa de Atletismo, de um dos exames a que se submetia regularmente (a cada seis meses) para comprovar a asma levou a que o organismo francês de controlo de doping ativasse o artigo relativo a esta substância, considerando Chaíça tecnicamente proibido de tomar salbutamol.
Mas depois disso, garante o antigo atleta à VISÃO, “França enviou uma carta a desmentir o positivo, em como o artigo foi mal aplicado, sendo que não podia ser sancionado”. Na sequência deste caso, a IAAF concedeu-lhe mesmo uma Isenção de Uso Terapêutico, com validade de 4 anos.