No filme Wilde Wedding, com a Glenn Close e o John Malkovich, sou a Saffron, amiga da família. É uma comédia romântica, em torno do casamento, que se passa em Nova Iorque. Tenho um papel pequeno, mas a rodagem, que durou cinco semanas, foi muito divertida.
Estou a preparar a participação em dois filmes portugueses e uma nova novela da SIC. São projetos ainda em fase inicial, com as personagens a serem definidas ainda. Interessa-me continuar a trabalhar em Portugal e também com realizadores estrangeiros. Na representação gosto de tudo. E há imensas coisa que ainda quero experimentar. Preciso de continuar a trabalhar. Aos 26 anos nada está garantido.
Tenho tido muita sorte porque me têm surgido muitas oportunidades. Uma das maiores sortes foi ter podido trabalhar com o realizador Andrzej Zulawski, que infelizmente faleceu este ano. Foi o Paulo Branco que lhe sugeriu o meu nome para o filme Cosmos. Trouxe-me tanta coisa. Mais de um ano depois de terminada a rodagem, ainda me apercebo de como aprendi com ele. Há uma Victória antes e uma Victória depois deste filme. Na verdade, há uma Victória antes e uma depois de cada projeto.
Gosto muito de trabalhar com a SIC. Quero continuar a fazê-lo. Permite-nos crescer muito enquanto atores porque há uma aposta nas pessoas, dando-lhes personagens diferentes. É um dos fatores que me faz gostar de trabalhar com esta estação.
A indústria americana do cinema é outro universo. É claro que é muito maior do que a nossa, mas a grande diferença tem a ver com os sindicatos. Há contratos para tudo e as leis têm de ser cumpridas. Em Portugal fazem-se omeletas sem ovos, a mesma pessoa faz várias coisas. Lá, não é possível, porque os sindicatos não deixam. Cada um tem o seu papel.
Quando comecei, nem sabia bem o que era representar. Fiz um casting para os Morangos com Açúcar e apanhei uma personagem muito divertida, a Rute. Fui aprendendo e apaixonando–me pelo trabalho de atriz à medida que o fui fazendo. Pela representação posso viver situações que de outra forma me estariam vedadas.
Depoimento recolhido por Sara Sá