O Presidente da República defendeu esta quinta-feira no encerramento da Web Summit em Lisboa que a atual revolução tecnológica deve ser aproveitada para fazer pontes e pacificar. E deixou três desafios à semelhança do ano passado: ter uma plataforma tecnológica permanente, não esquecer o resto da sociedade nem que mundo digital é liberdade, diálogo e tolerância.
“Estamos a ver em todo o mundo xenofobia, intolerância, racismo, fecho de sociedades e economia, guerras comerciais, fecho de fronteiras. Cabe a cada um de nós usar a revolução digital para o diálogo, para a paz, afirmou num discurso que demoraria cinco minutos.
Mas reconheceu que não é tarefa fácil, “porque a vaga que está a percorrer o mundo vai demorar quatro, seis, oito anos, não sei quanto tempo. Mas é o contrário do significado da revolução digital. É por isso que devemos lutar pelos valores e princípios pela liberdade, multilateralismo e pelaa paz”, disse o Chefe de Estado.
Depois de a organização da Web Summit e o Governo terem chegado a acordo para que o evento se realize por mais dez anos em Portugal – o que levou também já hoje o fundador Paddy Cosgrave a anunciar a sua mudança para o País -, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a necessidade de “não ter um evento só por três dias mas criar uma plataforma tecnológica permanente.”
Recordou ainda à plateia os três desafios que deixou no ano anterior: manter a Web Summit em Lisboa: “Conseguimos, conseguimos!” disse, fazendo depois referência à necessidade de manter em curso a revolução digital e de alertar as pessoas para as alterações climáticas. “Não é fake news, é real!”
E, no final da sua mensagem, voltou a apelar para que a tecnologia seja inclusiva: “Não esqueçam o resto da sociedade. E ajudem a criar um mundo melhor. E, por favor, ajudem a criar um mundo melhor,” apelou no discurso em inglês.