A cadeia especializada em aluguer automóvel encomendou 100 mil carros à empresa de Elon Musk. A Bloomberg noticia que se trata da maior encomenda única de veículos elétricos, avaliando o pedido em 4,2 mil milhões de dólares. O objetivo da Hertz é disponibilizar estes automóveis aos clientes dos EUA e da Europa, começando já em novembro. Os utilizadores que aluguem estas viaturas vão poder tirar partido da rede de carregadores da Tesla naqueles territórios, mas vão também poder aceder a uma infraestrutura de carregamento que a Hertz quer construir.
O CEO interino da Hertz, Mark Fields, conta que “a nova Hertz vai liderar como empresa de mobilidade, começando com a maior frota de elétricos para aluguer na América do Norte, um crescente compromisso com a nossa frota de VE e ao fornecer a melhor experiência de aluguer e de recarga para clientes de lazer e de negócios em todo o mundo”.
Segundo os relatos que surgiram durante o dia de hoje, a encomenda consiste de Model 3s apetrechados e não as versões de base. Tendo em conta que este volume é cerca de um décimo daquilo que a Tesla consegue produzir anualmente, a Hertz consegue desta forma bloquear empresas rivais de fazerem investimentos semelhantes, lembra o Engadget.
A Hertz, recorde-se, chegou a apresentar falência em 2020, acabou comprada pela Knighthead Capital Management e faz agora uma impressionante encomenda, apostando no futuro próximo.
Para a Tesla, este negócio representa uma continuação de boas notícias, depois de se ter sabido que o Model 3 foi o carro com mais vendas na Europa em setembro, com 24600 unidades. Este marco representa a primeira vez que um elétrico lidera a lista mensal e a primeira vez em que um carro produzido fora da Europa surge em primeiro lugar neste mercado.
Apesar de alguns sinais positivos, o segmento automóvel está em dificuldades, com os fabricantes a já terem alertado várias vezes que não irão conseguir fazer face às encomendas, dada a escassez de chips. Filipe Munoz, da JATO, avalia que “a crescente popularidade dos veículos elétricos é encorajadora, mas as vendas ainda não são suficientes para colmatar as grandes reduções registadas noutros segmentos”.