A CATL é uma das maiores empresas do mundo no que à produção de baterias diz respeito. Fornece várias marcas que produzem veículos elétricos, com destaque para os Tesla produzidos na China. Apesar de ser fornecedor da Tesla, a CATL também é concorrente da marca californiana, já que a empresa liderada por Elon Musk também produz as suas próprias baterias.
As duas marcas tinham anunciado que iriam ter baterias com capacidade para alimentar carros elétricos por mais de um milhão de milhas (1,6 milhões de quilómetros). Um género de corrida entre parceiros que a CATL parece liderar no momento, já que o fabricante chinês garantiu, através do seu presidente Zeng Yuqun, que já está preparado para construir as novas baterias. Além de reforçar a garantia que as baterias serão capazes de ultrapassar a marca dos dois milhões de quilómetros, Zeng Yuqun referiu ainda que estes componentes aterias serão capazes de funcionar durante 16 anos. Isto sem degradação notória da capacidade original.
Colaboração com a Tesla
Na entrevista à Bloomberg, Zeng Yuqun disse que fala frequentemente com Elon Musk e que a Tesla e a CATL estão interessadas em desenvolver baterias livres de cobalto. Uma solução que permitirá criar células mais económicas e sem recursos a materiais raros. No entanto, apesar das boas relações entras as duas empresas, a CATL não tem qualquer relação exclusiva com a Tesla. Segundo Zeng Yuqun, as novas baterias estarão disponíveis para qualquer marca automóvel que as queira adquirir. Recorde-se que a CATL também fornece a fabricantes como Toyota, Volkswagen e PSA (Peugeot, Citröen, DS e Opel) e já anunciou que vai instalar uma fábrica na Alemanha para fornecer a BMW.
Mais caras
De acordo com as informações da CATL, as células de maior duração serão 10% mais caras que as células de iões de lítio ‘tradicionais’ de capacidade equivalente. No entanto, a durabilidade extra poderá mais que justificar o acréscimo de custo porque as baterias poderão ultrapassar, em muito, a vida do automóvel. É importante reforçar que as durações mencionadas são para perdas não notórias de capacidade, o que deverá significar que estas baterias poderão ser usadas durante décadas em, por exemplo, instalações de segunda vida – para armazenar energia de fontes renováveis, por exemplo.