Num dos edifícios do Município de Gijón, no norte de Espanha, já é possível sentir os benefícios de um novo revestimento que combina plásticos reciclados e aerogel. O município do país vizinho escolheu a fachada de um dos seus edifícios para estrear um primeiro protótipo do projeto europeu GELCLAD, que conta com 12 parceiros de cinco estados membros e tem a coordenação do Instituto Pedro Nunes (IPN), da Universidade de Coimbra. O projeto mereceu recentemente o destaque da Comissão Europeia pelos benefícios que poderá propiciar ao isolar termicamente os edifícios – e por consequência permitir a poupança de emissões de Dióxido de Carbono (CO2) e consumos de energia exigidos pelos sistemas de aquecimento e arrefecimento de edifícios.
Segundo os mentores do projeto, o novo revestimento permite ganhos de 40% na eficiência do isolamento.
“Com um orçamento de 5,5 milhões de euros, dos quais 4,7 foram suportados pela União Europeia, o projeto GELCLAD criou com sucesso um sistema modular avançado de isolamento de fachadas, na forma de um produto 2 em 1, composto por um nanomaterial (aerogel) de superior capacidade de isolamento térmico e uma camada externa de revestimento, feita à base de plásticos oriundos de fontes renováveis ou recicláveis, reforçando assim o carácter ecológico da solução”, explica o IPN em comunicado.
Pode descobrir mais detalhes sobre este projeto, no seguinte vídeo produzido pelo IPN.
Os mentores do GELCLAD informam que o projeto contemplou ainda o desenvolvimento de processos de fabrico.
Pelos cálculos dos mentores do GELCLAD, a aplicação deste novo revestimento isolante em 20% dos edifícios da UE permitiria poupar 750 Terawatt-hora /ano, o que equivale ao dobro da energia nuclear produzida anualmente em França.