A nova bateria da BYD, a Blade, usa uma nova fórmula química e afasta-se da arquitetura convencional de baterias. Este novo componente promete uma autonomia de até 600 quilómetros e mantém-se intacto durante os incêndios termais que possam assolar os veículos elétricos.
A Blade deve aparecer no Han EV, o sedan de topo que a BYD planeia mostrar em junho e que tem a capacidade de ir dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,9 segundos. A bateria foi apresentada durante um evento online de 51 minutos, num palco inspirado no universo Star Wars. A empresa explica que removeu os módulos de fixação e suporte para melhorar a utilização do espaço. A Blade funciona como elemento estrutural ao comprimir e estender a célula de bateria, fazendo com que cada uma das cem células funcione como um fluxo próprio e fixe o conjunto à armação, explica o AutoBlog. Para aumentar a resistência, a BYD colocou painéis ultra-fortes no topo e no fundo, formando uma estrutura de favos de alumínio.
Os elementos químicos usados garantem resistência a incêndios, um aquecimento lento, limitam ao calor libertado durante uma colisão e não libertam oxigénio (que é altamente condutivo e alimenta incêndios). Durante os testes, os técnicos da BYD furaram a bateria com um prego, aqueceram-na a mais de 300 graus, sobrecarregaram-na a mais de 260%, dobraram-na e esmagaram-na sem que esta se incendiasse.
A BYD surgiu em 1995 como especialista em baterias recarregáveis, comprou um fabricante automóvel em 2003 e investiu neste segmento. Agora, a empresa está disponível a trabalhar com outras marcas para partilhar a sua tecnologia.