Os carros utilizados pela plataforma são uma das razões que levaram a Brisa a associar-se à DriveNow, como explicou, em entrevista à Exame Informática, João Oliveira, o responsável máximo do novo serviço de carsharing a operar em Lisboa: «A Brisa faz parte de diversas associações que estudam a mobilidade a nível mundial. Há bastante tempo que a Brisa está a considerar uma plataforma de partilha de carros e fez um levantamento de parceiros na Europa. A DriveNow foi a escolhida pelos carros e pela tecnologia que oferece e, também, pelos seis anos de experiência no mercado onde já conta com cerca de um milhão de clientes», adicionando «sabemos que cerca de 80% clientes DriveNow nunca tinham conduzido um BMW e o Mini». E porquês estes carros? Porque a DriveNow foi criada pela BMW, grupo que também detém a Mini, e a empresa de aluguer de carros Sixt.
João Oliveira explica as vantagens tecnológicas desta plataforma: «tudo pode ser controlado via app, incluindo a abertura das portas do carro». Há também vantagens nos dados que o sistema apresenta que facilitam a gestão. «Facilmente sabemos quais as localizações mais populares para pedidos de marcação, o que nos permite posicionar os carros nas zonas onde são mais procurados».
Apesar de toda a tecnologia estar na Alemanha, a DriveNow vai ter equipas em Portugal para dar assistência aos clientes e para tratar dos carros. No entanto, os utilizadores também podem encher o tanque de combustível através do sistema Via Verde em estações de serviço da Galp, sempre sem usar qualquer cartão. Processo que garante ao cliente um bónus de 20 minutos de utilização sem custos. O mesmo bónus é atribuído a utilizadores que coloquem o BMW i3 à carga na rede pública da Mobi.e, embora aqui seja necessário usar um cartão para aceder aos postos (o cartão vai estar dentro do carro).
Os preços
O custo de utilização vai ser, durante o primeiro mês de operação (entre 12 de setembro e 12 de outubro) de 29 cêntimos independentemente do carro escolhido. A frota inicial de 211 carros vai ser constituída por 64 Mini Cooper de cinco portas, 15 Mini Copper de três portas, 30 Mini Clubman, 91 BMW Série 1 e 11 BMW i3. João Oliveira explica que a utilização de poucos carros elétricos «deve-se a três fatores: limitações da infraestrutura de carregamento das baterias, hábitos dos clientes – as estatísticas da DriveNow indicam que os carros elétricos têm taxas de utilização mais baixas – e racionalização de custos». E, talvez por isto, a partir de 12 de outubro o BMW i3 vai ser a escolha com um custo de aluguer maior: 34 cêntimos por minuto. Os mais económicos serão os Mini (€29 cêntimos/minuto) enquanto os BMW Série 1 terão um custo de 31 cêntimos por minuto. No entanto, o responsável garante que «o objetivo é evoluir para uma frota maioritariamente ou totalmente elétrica).
João Oliveira salienta que os valores apresentados incluem combustível, estacionamento e seguro com franquia de €350. Se o cliente quiser um seguro completo, livre de franquia, pode pagar uma taxa extra de €1 por viagem, independentemente da duração ou distância percorrida. Há ainda uma tarefa de parque, de 10 cêntimos/minuto, caso o utilizador queira manter o carro à disposição após o estacionamento.
O registo já pode ser feito online em www.drive-now.pt, processo que é grátis até 12 de setembro e inclui a oferta de 20 minutos de condução. Após esta data, o registo tem um custo de €10, incluindo um bónus de 30 minutos.
De acordo com João Oliveira, os utilizadores portugueses do DriveNow podem usar este serviço em todas as outras cidades europeias onde está disponível e o mesmo é válido para estrangeiros que visitem Lisboa.