Em modo totalmente elétrico, a autonomia é de 50 km
O controlo do sistema de infoentretenimento segue o design dos últimos modelos da Volvo
A bateria pode ser carregada numa tomada elétrica de 220 volts normal, mas a Volvo deverá lançar adaptadores para carregadores rápidos mais tarde
Os gráficos de consumo ajudam a otimizar a condução em termos de energia
O primeiro e breve ensaio que fizemos ao volante da carrinha Volvo V60 Plug-in Hybrid deixou-nos muito bem impressionados.
Primeiro, porque verificámos que o modo puramente elétrico é capaz de uma desenvoltura assinalável em circuito urbano e, considerando os gráficos de consumo apresentados pelo computador de bordo, os 50 km de autonomia máxima anunciada em modo elétrico parecem-nos credíveis se recorrermos a uma condução cuidada. Ou seja, a autonomia é suficiente para os típicos percursos casa/trabalho, o que significa que em muitas situações é possível passar vários dias sem recorrer ao motor de combustão. Isto porque, o “Plug-in” presente na denominação do modelo significa que as baterias deste carro podem ser carregadas através de uma tomada elétrica comum, ao contrário do que acontece com os híbridos tradicionais (bateria carregada através do motor de combustão). A carga completa é alcançada em menos de uma noite.
Além do modo puramente elétrico (Pure), o condutor pode optar pelos modos Hybrid, Power e AWD. No modo Hybrid, a gestão do motor elétrico (tração traseira) e do motor diesel (tração frontal) é feita automaticamente, o que permite acelerar até aos 100 km/h em cerca de oito segundos e manter um consumo de combustível baixo (mínimo de 1,8 litros/100 km segundo a Volvo). Tudo depende do estilo de condução e, é claro, do tipo de percurso e das distâncias percorridas – em distâncias longas o consumo médio aumenta porque a bateria passa a ser carregada pelo gerador elétrico, que vai buscar potência ao motor de combustão.
O modo Power força a utilização simultânea dos dois motores para atingir uma potência máxima de 285 cavalos (215 cavalos do motor diesel e 70 cavalos do motor elétrico) e um impressionante binário de 640 Nm (200 Nm do motor elétrico). Nestas condições é possível acelerar até aos 100 km/h em cerca de seis segundos, o que é um valor impressionante para uma carrinha deste tipo.
A versão AWD garante uma tração integral, nem que para isso para da potência do motor frontal a gasóleo seja encaminhada para o gerador elétrico, de modo a garantir que o motor elétrico traseiro tem energia para continuar a funcionar.
No interior, e como já é habitual neste tipo de veículos, o ecrã central apresenta uma série de gráficos que convidam a diminuir o consumo energético bem como os fluxos de energia entre os dois motores, o gerador e as baterias.
Em suma, a Volvo V60 Plug-in Hybrid revelou ser muito eficiente na gestão híbrida, oferecendo ao condutor a hipótese de conduzir com emissões zero sem afetar o desempenho e autonomia. Gostámos particularmente da fluidez e da continuidade com que o sistema comuta entre os dois motores – a bordo, quase nem notamos quando o motor a combustão entra em funcionamento.
Como acontece com os modelos mais recentes da Volvo, esta carrinha está equipada com tecnologia ativa de deteção automática de veículos, peões e bicicletas.
A Volvo V60 Plug-in Hybrid Summum (nível mais alto de equipamento) chegará ao mercado nacional no verão com um preço de 62.700 euros.
