Este é um ano especial para o Sónar, que nasceu em Barcelona há três décadas. O início das comemorações dos 30 anos deste festival dedicado à música, tecnologia e criatividade acontecerá em Lisboa, onde, desta sexta-feira, 31, até domingo, 2 de abril, decorre a segunda edição do Sónar Lisboa.
Uma das novidades deste ano é a ocupação do espaço da Estufa Fria com a programação Sónar+D, dedicada aos cruzamentos entre arte, ciência, música e tecnologia. O tema genérico desta edição é “Realidades Naturais Ampliadas”, conceito que estará espelhado na exposição Sediment Nodes, com banda sonora das “máquinas” de Clothilde (nome artístico de Sofia Mestre) a acompanhar.
Também na Estufa Fria acontece a programação AV, com espetáculos audiovisuais que vão muito para lá da ideia convencional de “concertos” (Meta AV, de CLON e Ana Quiroga, construído com tecnologia habitualmente usada em vídeojogos, é o primeiro, nesta sexta, 31, às 19h30).
Este ano, a ação do Sónar Lisboa, que em 2022 se espalhava por vários pontos distantes da cidade, vai estar concentrada na zona do Parque Eduardo VII. Os concertos das programações SonarClub, SonarPark, Sonar Village e SonarHall decorrem todos no Pavilhão Carlos Lopes.
Este é um festival que convida à descoberta de novos nomes, sempre mais apostado, desde a primeira edição em Barcelona, nas várias tendências da música eletrónica, com muitos DJ Sets. Mas ao longo dos anos foi-se abrindo a outros géneros e cruzamentos de referências.
Nas atuações de bandas no Sónar Lisboa 2023 destaque para os dinamarqueses WhoMadeWho (sábado, 1, 24h), Throes + the Shine (sábado, 1, 5h), Sensible Soccers (domingo, 2, 19h25). O australiano Chet Faker (com muitos admiradores em Portugal e que em 2022 esteve na primeira edição do festival Kalorama, em Lisboa) vai estar no Sónar com um DJ Set (domingo, 2, 20h30).

A melhor maneira de viver este festival é mesmo deambular, à descoberta – o que se pode fazer das 14h até altas horas na madrugada. O passe para todo o festival tem o valor de €130 e os bilhetes diários custam €40 (Sonar by Day) e €50 (Sonar by Night), havendo ainda bilhetes VIP, mais caros, que dão acesso a um bar exclusivo, WCs exclusivos e entrada rápida.
Outra das novidades da edição deste ano do Sónar Lisboa é a instalação, junto ao Marquês do Pombal, da Plaça de Barcelona, focada no “dinamismo económico impulsionado pelas empresas tecnológicas de Barcelona e Lisboa” e prometendo conversas e apresentações sobre start-ups, indústrias criativas, sustentabilidade e até gastronomia.
Sónar Lisboa > Pavilhão Carlos Lopes e Estufa Fria > Parque Eduardo VII, Lisboa > 31 mar-2 abr, sex-dom a partir das 14h > €40-€50 (bilhetes diários), €140 (passe) > Informações em sonarlisboa.pt.