1. Talento Nacional
As propostas são plurais e chegam de diferentes gerações da dança contemporânea portuguesa, desde Pantera, de Clara Andermatt (dia 19) a .G Rito, de Piny (dias 28 e 29). Há também uma forte presença dos artistas e das companhias que trabalham na região, representados, por exemplo, nos espetáculos Feedback, da CRL – Central Elétrica, de André Braga e Cláudia Figueiredo (dias 21 e 22) e Neve, de Né Barros (dias 22 e 23).
2. Ritmos do Brasil

“Vamos reforçar o foco nos artistas brasileiros, porque essa comunidade tem crescido e desenvolvido trabalhos no Porto”, diz Tiago Guedes, diretor artístico do DDD. Grupo de Rua, de Bruno Beltrão (dias 23 a 24), Paisagem em Linha, de Gustavo Ciríaco e Luciana Lara (dia 24) ou o concerto encenado Samba de Guerrilha, dirigido por Luca Argel (dia 27) são alguns exemplos.
3. Meg Stuart
A coreógrafa norte-americana, fundadora da companhia Damaged Goods, regressa ao Rivoli, dias 28 e 29, para apresentar a sua última peça, Cascade, em que se rodeia de nomes de peso: Philippe Quesne assina a cenografia e o desenho de luz, com laivos futuristas; e o texto é de Tim Etchells. Sete bailarinos resistem à flecha do tempo e entram num jogo desafiante sem regras estabelecidas.
4. Dessacralizar a Dança
Diferentes estilos foram convocados. A dança pop está representada em 5,6,7,8 and One (dias 25 e 26), espetáculo que Martim Pedroso concebeu inspirado em Marlyn Ortiz (backup dancer de estrelas como Madonna). O voguing foi recriado em The Deities Ball, de Nala Revlon e Piny 007, onde o público pode participar ou ser mero voyeur (dia 30). A influência das danças urbanas sente-se na peça Playground, de Catarina Campos e Melissa Sousa (30 abril e 1 maio), que nasce da experiência de brincar ao ar livre e foi pensado para adultos e crianças. E há inclusive instalações visuais e coreográficas como Vestígios, de Marta Soares (dias 29 e 30).
5. Representação Gaulesa

A Temporada Portugal-França continua a dar os seus frutos, com três estreias nacionais de peso: Soulèvement, de Tatiana Julien (dias 22 e 23), um poderoso retrato de uma geração desencantada; Miramar, de Christian Rizzo (dias 24 e 25), com 11 bailarinos a contemplar a linha do horizonte; e Somnole, de Boris Charmatz (dias 26 e 27), um solo interpretado (e assobiado) pelo próprio bailarino, coreógrafo e criador de projetos experimentais, antes de assumir a direção artística do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch.
6. DDD Out
Prossegue a parceria com o Balleteatro e o projeto Corpo+Cidade, com apresentação de espetáculos pensados para o espaço público. Destaque para a instalação Paisagem Boldo, com um percurso de bicicleta pela praça D. João I, no Porto (dias 20 a 24), e Vastidão, jogo cinético no court de ténis de Serralves (dia 23).
7. DDD Links

Para esta edição do festival nasceram novas parcerias e quatro espetáculos (Soulèvement, de Tatiana Julien; Anda, Diana, de Diana Niepce; 5,6,7,8 and One, de Martim Pedroso e Marlyn Ortiz; e Playground, de Catarina Campos e Melissa Sousa), que chegarão a Viana do Castelo, Coimbra, Leiria e Mértola. “É uma oferta diferenciadora, em que todos ganham: artistas e público”, resume Tiago Guedes.
DDD – Festival Dias da Dança > Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia > 19 abr-1 mai > grátis a €12, passe DDD (5 espetáculos, desconto de 50%) > Programação completa em www.festivalddd.com