A história desenrola-se a partir de um inusitado email enviado entre colegas de trabalho. Na mensagem, António fala a Isabel de tudo o que tem observado, diariamente, no seu lado esquerdo, projectando nesse lado mais visível do seu corpo, uma vida fora dali. E confessa-lhe que, a partir desta observação diária, nasceu uma atração, uma vontade de se aproximar, de conversar, de tantas outras coisas… A António, Isabel, uma mulher à beira dos 50 anos, fala da imortalidade da juventude, de afetos e de raivas, e dessa força inexplicável que tudo faz acontecer na vida – mesmo quando não temos grande fé.
A partir do conto homónimo de Marta Duque Vaz, O Lado Esquerdo ganha agora voz através da atriz Sonja Valentina que, sozinha em palco, dá corpo a Isabel, propondo ao público, através de um monólogo, um exercício de autorreflexão a partir dos pensamentos da personagem – triviais, recônditos, tantas vezes indizíveis.
Com estreia marcada para esta sexta, 19, no Teatro Municipal Rey Colaço, em Algés, o espetáculo tem encenação e dramaturgia de Daniel Freitas e nasce com objetivo de incentivar o teatro português e a escrita de autores portugueses, abordando temas como a demência, a solidão, as relações familiares, a traição, a morte… e o impacto que tudo isto pode ter no (nosso) quotidiano.
O Lado Esquerdo > Teatro Municipal Améila Rey Colaço > R. Eduardo Augusto Pedroso, 16 A, Algés, Lisboa > T. 91 971 4919 > 19-20, 26-27 nov, sex-sáb 21h > €10