Em novembro, o cinema português encontra-se em Coimbra, numa celebração anual, em forma de festival, que também serve de balanço, e de resumo, do melhor que em Portugal se fez ao longo do ano. O Caminhos do Cinema Português não costuma ser fértil em antestreias, mas nesta edição pode ver-se pela primeira vez o documentário O Casarão, de Filipe Araújo, sobre a Aldeia Nova e o seu seminário progressista durante o Estado Novo, que entrará no circuito comercial pouco tempo depois.
De resto, o festival permite (re)ver de forma concentrada filmes que nos acompanharam ao longo do ano, como Paraíso, de Sérgio Tréfaut; Diário de Ostoga, de Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro; No Táxi com Jack, de Susana Nobre; A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos; Terra Nova, de Artur Ribeiro; Visões do Império, de Joana Pontes; Alcindo, de Miguel Dores; ou Paz, de José Oliveira e Marta Ramos. Há espaço, também, para curtas como Noite Turva, de Diogo Salgado; O Lobo Solitário, de Filipe Melo; ou Tchau Tchau, de Cristèle Alves Meira.
Na secção Ensaios encontram-se filmes menos rodados, sobretudo curtas-metragens como Baseado numa História Verídica, de João Azevedo; Jamaika, de Alexander Sussman; ou Fruto do Nosso Ventre, de Fábio Silva. Em Turno da Noite, há propostas ousadas, de conteúdo explícito, como Porque Odeias o Teu Irmão?, de Inês Marques e Pedro Martins; Girl Gang, de Charlie Benedetto; ou Sisters of Pleasure, de Perlita León.
Caminhos do Cinema Português > Casa do Cinema de Coimbra e Teatro Académico Gil Vicente> até 20 nov > www.caminhos.info