Sherlock Holmes ou Hercule Poirot? Seja qual for o detetive de eleição, neste espetáculo virtual imersivo o espectador é convidado a encarnar uma personagem para tentar desvendar um crime.
A fazer lembrar o jogo Cluedo, A Gala, criação de Luísa Fidalgo, Michel Simeão e Miguel Mateus, consiste numa experiência virtual de ficção, onde a interação é rainha. Com a trama a dividir-se entre seis personagens e três salas interativas diferentes, é ao público que cabe decidir qual das salas (conversas) pretende acompanhar, interagindo entre si com a ajuda de uma anfitriã (Rita Ruaz), responsável por guiar os espectadores. A interação é feita através de um chat em tempo real, de modo a conseguir juntar as peças necessárias para construir o puzzle final: resolver o mistério, descobrindo o culpado pela morte de uma das personagens.
O projeto nasceu com as limitações impostas aos espetáculos pela pandemia: “Foi a forma que encontrámos de não ficarmos parados e de trabalharmos, cada um do seu sítio”, conta a atriz Luísa Fidalgo. Repletas de segredos, as seis intrigantes e ecléticas personagens dividem-se entre três casais, representados pelos atores José Mata (Rui, agente imobiliário), Isabela Valadeiro (Maria, agente imobiliária), Carolina Carvalho (Carmo, agente imobiliária) e pelos já referidos criadores e também atores, Luísa Fidalgo (Joana, enfermeira), Michel Simeão (João, agente imobiliário) e Miguel Mateus (Paulo, hacker).
O espetáculo, com uma duração de aproximadamente uma hora, coloca nas mãos do público um poder de interação que é determinante no decorrer da ação, num formato inovador que permite a aproximação entre público e atores, de forma virtual.
As próximas sessões acontecem à quinta-feira, nos dias 14, 21 e 28, pelas 21h30, e, embora o espetáculo decorra online, o número de bilhetes é limitado a cerca de 300 pessoas, devido a “questões logísticas da plataforma”, explica Luísa Fidalgo. Indicado para maiores de 16 anos, A Gala estreou em julho, através da plataforma A Matriz, um site criado propositadamente para o efeito com a colaboração da PixelStudio, e voltou a ter sessões em dezembro.
Os espetáculos agendados para este mês de janeiro serão os últimos, mas podem surgir outros projetos: “Gostaríamos de convidar até outras companhias e outros atores, pois este é um veículo que nestes tempos é realmente útil e relevante”, acrescenta Luísa Fidalgo.
A Gala > 14, 21 e 28 jan, qui 21h30 > €7 > Bilhetes à venda em www.meoblueticket.pt > Informações amatriz.pt