Em dez lugares na cidade, a segunda edição do Imago Lisboa Photo Festival pretende dar espaço às diferentes práticas fotográficas contemporâneas. O seu diretor artístico é Rui Prata, diretor dos Encontros da Imagem de Braga entre 1987 e 2013, que convidou três curadores estrangeiros (uma dinamarquesa, uma húngara e um luxemburguês) para consigo comissariarem Novas Visões na Fotografia Contemporânea, patente nas Carpintarias de São Lázaro e no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras. São 15 os artistas ali expostos, de diferentes pontos do globo, do Equador ao Irão, passando pela Hungria, a Alemanha, a Dinamarca, o Luxemburgo e a Rússia. Sem esquecer Portugal: Catarina Osório de Castro, Cristina Dias de Magalhães e Paulo Catrica marcam presença. A eles junta-se Marco Godinho, um artista nascido em Salvaterra de Magos que representou o Luxemburgo (onde vive) na Bienal de Veneza de 2019.
No Museu do Chiado, mostra-se pela primeira vez em Portugal a obra de Todd Hido, um artista de São Francisco representado na coleção permanente do Guggenheim e do Whitney Museum. Bright Black World, o seu mais recente trabalho, transporta-nos para paisagens noturnas do Norte da Europa: “Trata da fisicalidade das mudanças climáticas que ocorrem hoje”, escreve Hido. Já House Hunting é uma viagem (também noturna) pelos subúrbios da América, de olhos postos em casas onde luzes acesas são a única presença humana. São imagens envoltas em mistério.
Sete exposições organizadas em parceria com instituições públicas e privadas (Arquivo Municipal, galerias Carlos Carvalho e Francisco Fino, entre outras) inaugurarão nos próximos dias, completando assim um festival que organiza ainda conferências, debates, oficinas e um mercado de livros de fotografia em segunda mão.
Imago Photo Festival > Carpintarias de São Lázaro > até 8 nov, qui-dom 12h-18h > €2 > Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado > até 3 janeiro, ter-dom 10h-18h > €4,50 > Reservatório da Mãe d‘Água das Amoreiras > até 15 nov, ter-sáb 10h-12h30, 13h30-17h30 > €4