Os migrantes que Donald Trump não quer em terras americanas, o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi na embaixada saudita em Istambul, a surpreendente caravana de migrantes que saiu das Honduras rumo aos Estados Unidos, a crise humanitária no Iémen, a luta contra o aborto na Irlanda, o boxe em Katanga, na República Democrática do Congo, a poluição no rio Pasig, na Filipinas. Estas são algumas das histórias que importa conhecer na exposição com 140 fotografias, captadas por 43 fotógrafos, premiadas na 62ª edição do World Press Photo (WPP). Acaba de abrir ao público no Fórum da Maia e por lá vai ficar até dia 22 deste mês, com entrada gratuita.
Depois de Lisboa, onde a exposição esteve entre abril e maios passados, por iniciativa da revista VISÃO, a cidade da Maia recebe o melhor do fotojornalismo mundial. Nesta edição, a fotografia do ano é do norte-americano John Moore, captada a 12 de junho, de 2018, e publicada na capa da revista Time, provocando uma onda de contestação ao programa de separação das famílias de imigrantes ordenado pelo presidente americano Donald Trump . Em Crying Girl on The Border vê-se uma menina hondurenha, Yanela Sanchez, a chorar, enquanto a mãe é revistada e detida por oficiais, junto à fronteira dos Estados Unidos com o México, em McAllen, no Texas.
À fotografia do ano, e dentro da mesma temática, junta-se a reportagem, numa sequência de quatro fotografias, do fotojornalista Pieter Tem Hoopen que acompanhou a longa caravana de migrantes que, em outubro de 2018, partiu das Honduras em direção aos Estados Unidos.
Para o júri do World Press Photo, a história do ano de 2018 passa por Cuba, pela Irlanda ou pelo Senegal. São muitos os assuntos tratados em fotografia, e o Ambiente é um deles. Neste capítulo, encontra-se Vivendo Entre o que Foi Deixado para Trás, a fotografia do português Mário Cruz que recebeu o 3º prémio nesta categoria. O fotojornalista da Agência Lusa captou o descanso de uma criança, num colchão cercado de lixo a flutuar no rio Pasig, em Manila, nas Filipinas, considerado “biologicamente morto” desde a década de 1990. O fotógrafo já tinha sido premiado na edição anterior do WPP.
Criado em 1995, para mostrar o trabalho dos fotojornalistas a nível mundial, o World Press Photo atribui prémios, em diferentes categorias, através de um júri independente. Nesta edição, foram avaliadas 78 801 fotografias, de mais de 4 mil fotógrafos, oriundos de 129 países, para encontrar este sumário de múltiplas histórias da atualidade, que nos envolve numa espécie de narrativa visual.
Fórum da Maia > R. Eng. Duarte Pacheco, Maia > T. 22 940 8643 > até 22 nov, ter-dom 9h-22h > grátis