
“Autodance”, trabalho assinado pela aclamada coreógrafa israelita Sharon Eyal
Tilo Stengel
O convite a coreógrafos de renome e a emergentes promissores para criarem espetáculos originais tem garantido à GöteborgsOperans Danskompani um repertório diversificado e desafiante para os seus 38 bailarinos. As duas peças que trazem ao Coliseu do Porto, no âmbito do DDD – Festival Dias da Dança, não são exceção e mostram por que razão é esta companhia de dança contemporânea sediada em Gotemburgo considerada uma das mais importantes da atualidade.
A apresentação começa com Autodance, o segundo trabalho assinado pela aclamada coreógrafa israelita Sharon Eyal (em conjunto com Gai Behar) para a GöteborgsOperans Danskompani, estreado em março de 2018. Os bailarinos, homens e mulheres anódinos, vestidos com fato justo de licra, caminham como se fossem poderosos centauros, as criaturas da mitologia grega com cabeça e dorso humanos a contrastar com as pernas de cavalo. Os exigentes e incessantes movimentos, feitos em pontas, ora leves ora explosivos, conjugam-se com a música techno criada por Ori Lichtik.

“Skid”, da autoria do franco-belga Damien Jalet
Mats Backer