Apesar da crescente popularidade dos festivais urbanos, a ideia de uma festa musical algures no campo, em comunhão com a Natureza, continua a fazer parte do imaginário de todos. Para vivê-la basta ir até Cem Soldos, aldeia nos arredores de Tomar que o festival Bons Sons tornou conhecida. Tudo começou em 2006, por iniciativa de uma associação local que propõe uma vivência real da aldeia, não encenada, através da música tocada nos mais variados lugares, sempre numa lógica de festa e descoberta. Desde então – primeiro de dois em dois anos, anualmente desde 2015 –, a localidade com pouco mais de 600 habitantes, recebe, no segundo fim de semana de agosto, uma verdadeira cimeira sonora da lusofonia.
Ao todo, será quase meia centena de concertos, distribuídos por oito palcos, dispostos nas ruas, no campo, na igreja ou nos largos, por onde irão passar nomes consagrados e emergentes dos mais variados espetros sonoros, numa espécie de fotografia de família que retrata anualmente o presente da música portuguesa. Como mais uma vez se comprova pelo cartaz deste ano, que, entre esta quinta, 9, e domingo, 12, junta nomes tão diferentes como Mazgani, PAUS, Linda Martini, Sara Tavares, Dead Combo, Lena d’Água, Slow J, Zeca Medeiros, Luís Severo, Salvador Sobral e Conan Osiris. Como nas últimas edições, a programação na Igreja de São Sebastião é feita em colaboração com A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. Além da música, as parcerias com a Materiais Diversos e com a Curtas em Flagrante levam também as artes performativas e o cinema a Cem Soldos.
Bons Sons > Cem Soldos, Tomar > 9-12 ago, qui-dom 14h > €22 a €45 (passe)