Deu-se a conhecer ao lado do mestre Bonnie ‘Prince’ Billy, no coletivo Cairo Gang, deixando no ar algumas pistas a indiciarem que viria a tornar-se uma das estrelas mais cintilantes do universo da música alternativa. A curiosidade despertada então nalguns ouvidos mais atentos continuou a ser aguçada no primeiro registo a solo, o EP Strange Cacti, de 2010, mas seria com o álbum de estreia, Half Way Home, editado dois anos depois, que Angel Olsen se apresentaria finalmente ao mundo como uma cantautora folk como há muito já não se ouvia, daquelas cujas aparentes delicadeza e fragilidade se transformam, ao primeiro acorde, numa imensa força da natureza.
O capítulo seguinte foi Burn Your Fire for No Witness (2014), um disco de crescimento, no qual alargou o seu universo musical ao rock e à country. Foi este o disco que a trouxe pela primeira vez a Portugal, à galeria ZDB, Lisboa, aonde regressaria em 2016 para uma residência artística, concluída com mais uma atuação esgotada na pequena sala de espetáculos do Bairro Alto. No ano passado viajou até ao Porto, para um concerto no festival Primavera Sound, onde apresentou o aclamado álbum My Woman, considerado o mais completo da sua (ainda) curta discografia. Um trabalho que voltará a ser revisitado nesta nova vinda a Portugal. O alinhamento incluirá também alguns dos temas do último trabalho, Phases, compilação de maquetas e demos antigas, que a trouxe de volta à folk dos primeiros tempos, quando a sua voz ainda era um tesouro por descobrir.
Angel Olsen > Teatro da Trindade > R. Nova da Trindade, 9, Lisboa > T. 21 342 3200 > 14-15 mai, seg-ter 21h30 > €25