A exposição apresenta 50 anos de trabalho da pintora e escultora italiana
Filipe Braga
O nome será talvez desconhecido para muitos, mas a pintora e escultora italiana Marisa Merz (Leão de Ouro de carreira na Bienal de Veneza 2013), atualmente com 91 anos, é um nome cimeiro da arte povera dos anos 1960.
Esta retrospetiva apresenta cinco décadas de trabalho, incluindo as primeiras obras feitas em casa como a instalação de alumínio emaranhado no teto de Living Sculpture (1966), ou as esculturas de cobertores amarrados com fio de nylon, usadas nas performances do marido, Mario Merz. As cabeças e rostos enigmáticos, muitas vezes modelados em barro não cozido, que lembram Brancusi, viriam depois, em 1975. Nas últimas duas décadas, a produção ganhou escala e complexidade, com instalações multimédia e séries de pinturas novas.
O Museu de Serralves é o primeiro a mostrar a exposição O céu é um grande espaço, organizada pelo Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque, e pelo Hammer Museum, de Los Angeles. Depois do Porto, a retrospetiva de Marisa Merz seguirá para o Museu de Arte Moderna de Salzburgo, na Áustria.
Untitled, 1970, detalhe
David Regen
Marisa Merz: O céu é um grande espaço > Museu de Serralves > R. Dom João de Castro, 210, Porto > T. 22 61565 00 > 20 jan-22 abr, seg-sex 10h-18h, sáb-dom 10h-19h > €10
