Compostos por membros de alguns dos mais excitantes grupos da nova geração do rock nacional, como os Linda Martini, os Riding Panico ou os Vicious Five, quando surgiram, em 2009, os Paus foram apelidados de superbanda. O que poucos esperariam, no entanto, era que o grupo se tornasse num dos maiores fenómenos da atual música portuguesa. Com uma sonoridade construída a partir da “bateria siamesa” de Hélio Morais e Joaquim Albergaria, à qual se juntou mais tarde Paulo Mokoto no baixo e João Shela (entretanto substituído por Fábio Jevelim ) nas teclas, a sua música não seria à partida a mais imediata, mas a realidade provou exatamente o contrário, especialmente nos concertos ao vivo. Com apenas um EP editado, tocaram nalguns dos maiores festivais, como Paredes de Coura, Alive e Super Rock, onde a sua “música instintiva e sem rótulos”, como os próprios a definem, depressa conquistou o público. O primeiro álbum homónimo, editado em 2011, apenas confirmou que a excentricidade musical deste grupo de amigos era muito mais do que isso, conseguindo na altura uma entrada direta para o terceiro lugar da tabela nacional de vendas. Seguiu-se Clarão, que em 2014 lhes abriu as portas de alguns dos maiores festivais de música do mundo, como o South by Southwest ou o Primavera Sound. Estão agora de regresso com Mitra, o terceiro álbum de originais, apresentado ao vivo em Lisboa no mesmo dia em que é posto à venda, seguindo-se uma digressão nacional, que os levará, durante as próximas semanas, um pouco por todo o país.
Cinema São Jorge > Av. da Liberdade, 175, Lisboa > 21 310 3400 > 12 fev, sex 21h30 > €10 a €12
Teatro Académico de Gil Vicente > Pç. República, Coimbra > T. 239 855 630 > 13 fev, sáb 21h30 > €7