Poderia ser mais uma série de época, com rainhas e duques, vestidos bonitos e mansões extravagantes, mas Bridgerton, a primeira série de Shonda Rhimes (criadora de Anatomia de Grey, Clínica Privada e Scandal) para a Netflix, vai bem além. Baseada no primeiro volume da saga literária O Duque e Eu, da norte-americana Julia Quinn, a série passa-se na Londres do início do século XIX, durante o chamado período da regência, no seio da aristocracia, numa trama apimentada por escândalos e cenas de sexo, tocando temas como a homossexualidade reprimida e a diversidade racial.
No centro, está a família Bridgerton, composta por oito filhos. Daphne (Phoebe Dynevor), a filha mais velha, chega à idade adulta e é empurrada para o mercado de matrimónios. Nos bailes, a sua beleza e inocência não passam despercebidas aos olhares masculinos, bem como à rainha Carlota (Golda Rosheuvel), mulher de Jorge III. Mas é no pacto com Simon Basset (Regé-Jean Page), duque de Hastings e melhor amigo do seu irmão, que se desenrola esta narrativa, transformando-se, em menos de nada, numa história de amor, feita de encontros e desencontros. Ao longo dos oito episódios, os mexericos e os escândalos da alta sociedade britânica vão sendo desvendados e alimentados pela voz off de Lady Whistledown (Julie Andrews), a autora anónima de um tabloide.
A aposta da Netflix em Bridgerton parece ter-se revelado certeira. Senão, o que dizer da série que ocupou os primeiros lugares do top da plataforma de streaming, logo que se estreou, no final de dezembro passado, justificando, quem sabe, uma segunda temporada.
Bridgerton > Disponível na plataforma de streaming Netflix