
Angela Abar (Regina King), uma detetive negra, com a identidade secreta de Sister Night, tem em mãos a investigação do regresso de um grupo supremacista branco
Descansem os mais puristas, pois a série Watchmen que agora se estreia não é uma adaptação direta da novela gráfica original, obra maior de Dave Gibbons (ilustração) e Alan Moore (escrita), um marco na história da DC Comics. Damon Lindelof (Lost, The Leftovers) é o homem por detrás deste remix que utiliza elementos importantes da história original, enquanto conta a sua própria narrativa. Watchmen é mais uma sequela do que um remake. “Não quisemos ‘adaptar’ as doze questões que Moore e Gibbons criaram há 30 anos. Essas questões são um terreno sagrado e não serão recicladas, recriadas, reproduzidas ou reinicializadas”, explicou o criador da série na mais recente Comic Con, em Nova Iorque, onde se estreou o primeiro episódio.
Se o original era específico dos anos 80 de Reagan, Thatcher e Gorbachev, este Watchmen vai sofrer uma atualização política. O mundo alternativo contemporâneo terá de refletir as políticas de Trump e Putin. É um universo sem combustíveis fósseis, sem telemóveis nem internet, num regime opressivo, no qual as vítimas de injustiça racial são isentas de impostos. Nesta temporada de nove episódios há uma conspiração por deslindar. Angela Abar (Regina King), uma detetive negra, com a identidade secreta de Sister Night, tem em mãos a investigação do regresso de um grupo supremacista branco, a Sétima Cavalaria, que se inspira nas palavras escritas de Rorschach. Destaque também para as interpretações de Don Johnson (xerife de Tulsa), Jeremy Irons (Ozymandias), Tim Blake Nelson (Looking Glass), entre outros.
A banda sonora da série Watchmen está a cargo de Trent Reznor (fundador do grupo Nine Inch Nails) e Atticus Ross, vencedores de um Oscar pela música do filme A Rede Social, em 2011.
Watchmen > Estreia 21 out, seg > HBO