Esta é uma novidade capaz de deixar aos pulos os corações de todos aqueles que são fãs de histórias de crime reais. E, neste campo, é bom que se lhe faça justiça: Making a Murderer merece um lugar no top. A série documental, que se tornou um fenómeno mundial e venceu quatro prémios Emmy, em 2016, está de volta à Netflix. E se este segundo round for tão viciante como o primeiro, o melhor é começar a ver os dez novos episódios numa noite em que possa não dormir.
A primeira temporada começou com a história de Steven Avery, um norte-americano do Wisconsin, que esteve 18 anos preso por uma violação que não cometeu (registos de ADN provaram que, afinal, o culpado era outro). A segunda – a avaliar pelo trailer – não é menos promissora: é que Avery, dono de um ferro-velho, foi novamente preso e condenado, desta vez por um homicídio que ele jura também não ter cometido. As criadoras da série, Laura Ricciardi e Moira Demos, voltam ao Midwest para acompanharem a luta legal de Avery e do seu sobrinho Brendan Dassey – condenado por coautoria no crime, depois de uma confissão arrancada a ferros e cuja validade legal é altamente duvidosa.
A história é, agora, em parte guiada por uma nova personagem: Kathleen Zellner, a advogada que mais condenações injustas conseguiu reverter nos EUA, que agarrou neste caso, determinada a provar que Avery é novamente inocente. A exploração das falhas da investigação e do impacto emocional das condenações nesta família, e na família da vítima, são capazes de nos embrulhar o estômago e de nos deixar seriamente a pensar: poderá a Justiça ter falhado duas vezes com o mesmo homem? A dúvida é suficientemente perturbadora para nos manter agarrados e para não nos deixar dormir nos dias seguintes.
Nesta temporada, as criadoras da série querem denunciar um sistema judicial que permite que sejam condenadas pessoas inocentes – mesmo quando até confessam os crimes.
Making a Murderer Parte 2 > Estreia 19 out, sex > Netflix