1. Praia de Osalla, Sardenha
Há oito anos que viaja, com regularidade, para a Sardenha. Na ilha italiana, banhada pelo Mediterrâneo, destaca “a harmonia e a beleza natural” da praia de Osalla, junto à aldeia de Orosei, de onde é natural o seu companheiro. “É um sítio inspirador e isolado do mundo, para falar de trabalho de forma descontraída”, diz. Um “paraíso na terra.”
2. Disco “Bruta”, de Ana Deus & Nicolas Tricot
“É um disco muito forte, de homenagem a um grupo de pessoas consideradas loucas. Todas as músicas são profundamente diferentes, mas sentimos estar dentro de um universo. É um trabalho com várias camadas de interpretação, uma colaboração muito interessante.”
3. “A Desumanização”, de Valter Hugo Mãe
Laura Gonçalves é uma admiradora do escritor pela “genialidade a abrir a imaginação, criar mundos, dar sentidos às pessoas”, e por “prender num romance tanta poesia.” O livro A Desumanização conta a história de duas irmãs que crescem num fiorde da Islândia. “Tem um ambiente rico, personagens com uma profundidade muito interessante. Dá vontade de adaptar ao cinema.”
4. Alberto Péssimo
Acompanha o “universo grotesco” do artista plástico e cenógrafo português há alguns anos. “No trabalho do Péssimo existe um entendimento de beleza diferente dos padrões habituais, uma harmonia entre a representação das pessoas, dos ambientes mais negros, brutos, rudes. Ele explora esse lado do imaginário que, geralmente, não é representado.”
5. “The Street”, Caroline Leaf
Destaca esta curta-metragem da cineasta nascida nos EUA e naturalizada canadiana que conta a história de um neto que deseja a morte da avó para ficar com o seu quarto. “É uma narrativa simples, mas cheia de camadas. Diz muito do ser humano, ao fazer um balanço entre aquilo que desejamos e não deveríamos. É uma referência, uma âncora, que gosto de rever para sentir que estou no caminho certo.”
6. Caderno
“Levo-o para todo o lado. Esteja inspirada ou não, é importante ter um diário gráfico no qual vou assentando ideias, pensamentos, escritos ou desenhados.”