1. O Osso do Meio, de Gonçalo M. Tavares
Está a ler um dos últimos livros de Gonçalo M. Tavares, escritor ao qual volta com frequência: “É um autor que aprecio muitíssimo, porque tem uma violência contida e um grau de profundidade que aqui está presente. O Osso do Meio é um livro muito duro sobre solidão, sobre o que se faz com os meios-tempos, com a passividade e com a excitação”, resume.
2. Tom Waits
Na tentativa de colmatar o lamento por nunca ter visto o compositor e músico norte-americano ao vivo – “começa a ser verdadeiramente arreliante, à semelhança do nome de família, que Tom Waits insista em nos fazer esperar” – tem andado a ouvir Bad as Me, o último e “longínquo” álbum do cantor (editado em 2011).
3. Coliseu do Porto
Desde o início de fevereiro que assumiu a presidência da sala de espetáculos, um lugar “muito afetivo”. A par do Batalha, foi no Coliseu do Porto que Miguel Guedes viu muito do cinema da adolescência, nomeadamente Dune, de David Lynch, ou E.T. de Spielberg, mas também muitos concertos que o marcaram e moldaram “para toda a vida”, como o dos Pixies, aquando da apresentação do álbum Trompe le Monde (1991). “Foi absolutamente brutal, com uma energia que fazia o Coliseu voar”, lembra.
4. Medidor de salinidade
Apaixonado por peixes desde a infância, não dispensa este “objeto de companhia” que mede a concentração de sal no aquário de água salgada que tem em casa (tem mais três de água doce). Neles, tenta recrear o habitat de uma família de peixes (os ciclídeos) presentes nos lagos africanos Malawi, Vitória e Tanganica.
5. Praças dos Poveiros e de Carlos Alberto
“O coração do Porto vive–se numa subida e numa descida”, entre as praças dos Poveiros e de Carlos Alberto. “Esta geografia em v de vale é fundadora do que é a identidade da cidade”, diz.
6. Rever filmes antigos
Sempre que pode, gosta de rever filmes que o marcaram. “Revisitar cinema significante na minha vida é uma forma de reavivar leituras e interpretações”, afirma. Cineastas como Andrei Tarkovsky, Jean-Luc Godard, David Lynch, Ingmar Bergman ou Wim Wenders, são alguns exemplos.