1. “A Night With The Jukes”, de Reverent Juke
O grupo belga, uma das suas bandas preferidas, toca jazz de Nova Orleães, swing e blues das décadas de 30, 40 e 50. O álbum em vinil, lançado em 2021 e gravado ao vivo, transporta-a para Ghent, onde sempre os ouviu, no bar Missy Sippy, em noites que acabavam de madrugada, acompanhadas de cerveja trapista e de lindy hop.
2. Bolonha
É a cidade que mais visitou no estrangeiro, sempre por altura da Feira do Livro Infantil. “Podia dizer que vou a Bolonha em trabalho, mas é uma desculpa, porque gosto do sítio, dos amigos que lá fiz e da comida!” Destaca a livraria Giannino Stoppani, a Modo Infoshop, o Museu de Arte Moderna, a estufa do Giardini Margherita, a Cremeria Mascarella, a loja e cafetaria Zoo e a trattoria Broccaindosso, onde nasceu um livro seu, “entre pratos de pasta e pré-contratos em papel-toalha.”
3. Eslovénia
“A Eslovénia é um país para descobrir a Natureza e para se beber bom vinho. Liubliana é uma capital encantadora. O país percorre-se em três horas, mas são três horas com tudo, que merecem ser esticadas por vários dias: montanhas, vinhas, praias, vales com lagos lindíssimos, sol, neve e rios de tom azul-pálido.”
4. Califórnia
Gostou de São Francisco e do contraste entre esta e as outras cidades californianas. “Faz lembrar Lisboa, pelas colinas e pontes, pelos elétricos e o cais. Adorei Berkeley, pelo espírito liberal e inclusivo, pela diversidade.” Desta viagem, elege a livraria City Lights, em São Francisco, e a Wildflower Bakery, a caminho de Bodega Bay, onde Hitchcock filmou Os Pássaros.
5. “O Estado do Mundo (Quando Acordas)”, da Formiga Atómica
Podia recomendar qualquer um dos espetáculos desta companhia. “Todos os que vi, e vi quase todos, atiram pedradas no charco, fazem-nos rir e falam de assuntos muito sérios. Têm a beleza de poderem ser vistos por crianças e adultos, e isso é incrivelmente difícil de se conseguir. O Estado do Mundo tem tudo: surpresa, humor, ironia, revolta e uma mensagem urgente.”
6. “Uma Pedra Cai do Céu”, de Jon Klassen
Sobre este álbum ilustrado para crianças, diz: “É cómico, mordaz e, ao mesmo tempo, redentor. À primeira vista, é uma história com uma premissa disparatada (uma pedra que cai do céu), mas funciona como uma deixa para falar de relações, teimosia, compromisso, diferentes pontos de vista, futuro, incerteza e saltos de fé.”