Percorremos a pé os 350 metros que separam a Casa Mateus e O Zagaia, na companhia de Pedro Mateus, 38 anos, sócio nos dois restaurantes. Foi cumprimentado uma mão-cheia de vezes por gente de todas as idades, falou com encanto da terra que o viu nascer e admitiu que Sesimbra “passou uma fase negra, há uns 15 ou 20 anos”, mas que o turismo dos últimos anos e a renovação do centro histórico contribuíram para uma mudança positiva, que está a trazer mais pessoas à zona. “Há estrangeiros a comprar casas, muitos franceses e belgas, como o Tom Barman, vocalista dos dEUS. Já tivemos discotecas, já fomos um sítio de noite, mas isso acabou. Agora somos mais um destino de famílias”, diz.
Pedro faz parte de uma geração de “pexitos” (habitantes locais) na casa dos 30, que mudou de profissão para lançar negócios no centro da vila. Há seis anos, juntou-se ao pai, Carlos, e à mãe, Cristina, na altura cozinheira no Ribamar, para reabrir a Casa Mateus. “Era do meu bisavô e funcionou de 1927 a 1982. Era um restaurante de comida de tacho, com ensopados e caldeiradas, que continuamos a fazer, com muitas adaptações.” Recomendam-se o caril verde, com lagosta, camarão e mexilhão, ou o espadarte – “agora tem de se ir pescar longe” –, com tomate, cebola e salsa. Recomenda-se também a reserva, que a casa é conhecida.
Em março deste ano, com os amigos João Proença e Paulo Carvalho, também naturais da vila, abriram O Zagaia, em tempos um café-marisqueira, que pertenceu ao melhor amigo do avô de Pedro, e uma homenagem à expressão local, “usada quando as pessoas iam até aos barcos à espera de qualquer peixe”, explica. Com ambiente e decoração mais modernos e uma cozinha mais inventiva, a ementa baseia-se nos produtos locais com pratos como o lingueirão e molho holandês ou a lula e manteiga de carabineiro.
Deste sangue novo faz também parte Goreti Paixão, 38 anos, proprietária da Assucena, uma loja de marcas de decoração, acessórios e roupa. Batizada com o nome da avó de Goreti, abriu há quatro anos: “Senti a nossa geração a sair da toca e um público à procura de peças com mais qualidade.” Entre cerâmicas da portuguesa Anna Westerlund, loiças da Costa Nova, cadernos da Arminho, cestaria e tapeçaria de artesãos nacionais, há também roupas da francesa American Vintage, produzidas em Portugal. Tudo escolhido a dedo por quem decidiu trocar a comunicação de moda, em Lisboa, pelo comércio, no centro da vila.
A poucos metros fica a primeira loja d’O Melhor Croissant da Minha Rua, negócio que André Cidade, 37 anos, também sesimbrense, abriu há três anos, na área em que os pais sempre trabalharam. “Num momento de crise foi preciso pensar num produto especial, e achei que o croissant poderia funcionar.” Apostou no cavalo certo. Em 2014, registou a marca; em 2016, abriu a loja. Tem também o café O Melhor da Minha Praça, no centro, e as duas lojas, juntas, vendem 1 500 croissants por dia, em média, durante a semana e dois mil aos fins de semana. Com o franchising de Lisboa, chega aos três mil por dia. De massa leve e adocicada, estão sempre a sair do forno, para comer simples ou com diversos recheios: Nutella, doce de ovo, misto ou com queijo fresco e tomate. “Sente-se que há mais pessoas a fazer por Sesimbra. Houve um slogan da câmara, há uns anos, que era ‘Sesimbra é Peixe’. Eu costumo dizer ‘agora não é só’.” Que o digam Constância e Tiago Franco, 36 e 39 anos, respetivamente, com o seu Aloha Café, instalado numa varanda em frente à Praia da Califórnia, o ponto de paragem certo para um sumo verde. São de Lisboa, moram em Sesimbra há seis anos e seguem uma linha de cozinha vegetariana, quase 100% vegana. A marca nasceu na zona de Santana, estendeu-se à Cotovia, foi para Lisboa, mas agora está apenas no centro da vila. “Temos a cozinha aberta todo o dia a servir pequenos-almoços, brunches, smoothie bowls, petiscos e hambúrgueres. São pratos saudáveis, muitos com produtos orgânicos, vindos de produtores locais”, remata Constância.
Onde o peixe é rei
Longe vão os tempos em que os pescadores preparavam as redes em frente à praia, mas é impossível dissociar a vila da atividade piscatória e, como tal, da restauração à volta dessa matéria-prima. “Antigamente, vinha muita gente de Lisboa só para comer peixe fresco”, relembra Rita Chagas, dona do mítico Ribamar, na marginal, restaurante que herdou dos avós. “São 69 anos de casa [nem sempre nesta localização], mas eu estou só há 30”, brinca. Conhecido pela sopa rica de peixe, pelo tamboril com molho de lavagante, pelo prato real de mariscos ou pelo peixe grelhado, tem um irmão mais novo na porta ao lado, o Ribas – de ambiente mais descontraído, onde Rita puxa pelo sushi, pelos petiscos de mar e pelo popular prego de peixe-espada-preto. “Nem sempre conseguimos que sejam espécies de Sesimbra, mas tentamos.”
Já José Augusto, do restaurante Barca Delta, diz-se um privilegiado, pela proximidade geográfica ao Mercado Municipal de Sesimbra. “Trago o peixe do mercado, diretamente para a montra”, instalada no exterior, perto das mesas da esplanada bem abrigada do vento. Entre o espadarte, o robalo, a dourada ou o imperador, por exemplo, procura ter sempre cinco a seis peixes do dia. “Depois, faço cataplanas, arroz de polvo, feijoada de gambas. Mas também me procuram pelos bifes na pedra. Os estrangeiros acham graça ao peixe, mas, ao fim de dois dias, querem carne”, justifica.
No Largo da Marinha fica o Filipe, outro porto seguro para comer peixe, com portas abertas desde 1986. Dos petisquinhos e mariscos às especialidades da casa, como o espadarte com molho de crustáceos ou o arroz de marisco com lagosta, vale a pena escolher os lugares da esplanada com vista para o mar.
Para uma refeição a preços muito baixos, é juntar-se ao pelotão que à hora de almoço se acumula à porta da Casa Isaías. O espetáculo no exterior, onde está montada a grelha e uma bancada, onde os camarões-tigre são cortados a meio antes de irem para a brasa, entretém os olhos enquanto o estômago dá as horas. Vale a pena esperar por mesa e levar dinheiro, que aqui não há multibanco.
Já os degraus à porta d’O Rodinhas são essenciais para quem espera por uma mariscada (não aceitam reserva). Está sempre cheio à hora das refeições, com os empregados, no interior, num corrupio a distribuir travessas de caracóis, amêijoas e choco frito, a confirmar que comensais precisam de um reforço de imperial e a fazer circular pela sala as célebres rodas de marisco. “Conseguimos ter navalheiras, santolas, percebes, lagostins da pedra [também conhecidos como bruxas], daqui da zona. Os canivetes e o lingueirão são de Setúbal, a amêijoa é nacional”, atira da cozinha Mário João, filho do fundador da casa.
Também para mariscadas e petiscos, O Formiga é outro sítio bastante popular, de cariz despretensioso, com um registo de snack-bar, mas onde a frescura dos produtos é garantida. Último sítio a registar para comer peixe fresco grelhado e caldeiradas: o incontornável Lobo do Mar, a caminho do porto de pesca de Sesimbra. São 70 anos de serviço numa casa familiar, onde é garantido que ninguém sai de expectativas defraudadas.
Visita à lota
Para se conhecer a atividade piscatória da zona é quase obrigatório o passeio ao porto de Sesimbra. Há visitas guiadas, dinamizadas pela Câmara Municipal de Sesimbra e pela Docapesca, nas primeiras terças de cada mês, a partir das 15h30 (marcações através do Posto de Turismo de Sesimbra), mas também é possível visitar o lugar e assistir, por exemplo, ao leilão do peixe, que acontece todos os dias de manhã (costuma começar pelas oito horas) e às quatro da tarde (segundas começa às 15h). Não é possível participar como comprador sem uma autorização de compra, mas é pode ficar a saber a quanto é vendido um rascasso, uma raia, um besugo, uma moreia, um cantarilho ou um robalo legítimo naquele determinado dia. O preço depende de inúmeros fatores: desde o tipo de pesca (rede ou anzol) até ao tamanho e à qualidade da espécie. Enquanto as caixas de peixe desfilam no tapete, as informações aparecem num ecrã, a par do nome da embarcação e de um preço inicial, que vai baixando até alguém licitar o peixe através de um comando. Ao leilão acorrem compradores de empresas, de hipermercados, de mercados e até de restaurantes, num ambiente que se percebe ser de camaradagem.
De manhã é mais provável encontrar os pescadores que acabam de chegar do mar, sejam os das traineiras sejam os das embarcações mais pequenas, mas também aqueles que nunca chegam a embarcar. “Tenho 64 anos e sou pescador de terra”, conta Francisco Morais, enquanto desembaraça as cordas para a pesca do peixe–espada-preto, naquele que é “o mês mais forte para a espécie”. Tem mais nove colegas em terra que começam às seis da manhã a preparar as cordas, às quais prendem um fio azul e um anzol que leva depois uma cavala. Cada selha – hoje de plástico, em tempos de madeira (a loja Assucena tem algumas antigas) – leva cerca de 200 anzóis. “Depois põem-se pedras e há um largador que atira ao mar. Vão 50 coisas destas, com 10 mil anzóis no total [no barco para o qual trabalha]. Saem para o mar, vão lá para norte do cabo Espichel, para longe. Ficam lá 24 horas”, explica. “Às vezes vêm lixas e sapatas que são bons peixes para caldeiradas”, acrescenta.
A melhor forma de conhecer as espécies é ir até ao Mercado Municipal de Sesimbra, mesmo no centro, onde muitos restaurantes se vão abastecer. Miguel Pinto, por exemplo, tem uma banca herdada do pai, onde trabalha há 35 anos. “O meu pai não sabia ler e comecei a ajudá-lo.” Vende as espécies que pode com selo de Sesimbra, como a sardinha, nesta altura do ano, o carapau, as xaputas e os cantarilhos, que compra diretamente da lota. Numa segunda sala do mercado, há frescos e umas quantas queijarias tradicionais. Uma dica? A queijaria Sabino Rodrigues, criada em 1930, cujo leite das ovelhas próprias é usado nos queijos amanteigados, nos secos, no requeijão ou nos queijinhos frescos.
Ainda para compras de produtos locais, mas já à saída da vila, está a Moagem de Sampaio, onde aos sábados e domingos de manhã decorre um mercado, mas que funciona também como núcleo museológico, a recriar as décadas de vida como armazém de moagem de cereais.
A verdadeira vila balnear
Ouro e Califórnia são as duas principais praias de Sesimbra e as opções óbvias para veraneantes. Mar calmo (e frio), Bandeira Azul, toldos, bares e espaço para desportos. Ali perto, porém, há outras opções para quem procura sossego ou aventura. A Praia da Ribeira do Cavalo, com as suas águas cristalinas, tornou-se um verdadeiro postal do Instagram nos últimos anos. Acessível através de um trilho que tem início ao lado do porto de abrigo, exige alguma destreza física e bastante cuidado. A Praia da Foz, entre o cabo Espichel e a Praia das Bicas, tem estacionamento, mas costuma estar menos lotada em dias de calor, pelo facto de o mar ser agitado; já a Praia da Mijona, lindíssima, também bastante isolada, tem um trilho a partir da Aldeia Nova, mas exige muito cuidado para lá chegar.
Depois do sol, já se sabe, um gelado. A gelataria Fini é uma marca portuguesa de gelados artesanais, produzidos em Porto de Mós, Leiria, com lojas pelo País e uma no centro da vila. Pode deliciar-se com um dos gelados de fruta e frutos secos – a avelã e a melancia são boas apostas – ou com as panquecas, servidas com uma bola de gelado e toppings.
Agora para os adeptos da tradição, nada como a pastelaria Marzul, em que um dos pedidos mais recorrentes é “um café e uma sardinha, se faz favor”. Trata-se de um bolo tradicional com o formato do peixe, feito com massa folhada, doce de ovos e amêndoa. São também célebres os pastéis de nata e as brisas do mar. “Antigamente vinham de todo o País para comprar os nossos suspiros”, recorda o senhor Tomé, 93 anos, que abriu a casa em 1952. “Fomos charcutaria, leitaria, vendíamos manteiga, marmelada caseira… Agora é o meu filho que está à frente. Isto no verão tem muito movimento”, conta. É que, em dias de bom tempo, um passeio até Sesimbra é sempre uma boa opção.
Respirar a história
Inaugurado em junho de 1963, o Hotel do Mar foi um projeto arrojado para a época
Ícone do design de interiores moderno, o Hotel do Mar está inserido num edifício de arquitetura original, assinado por Conceição Silva (1922-1982) e planeado por João Alcobia, em sociedade com dois irmãos, José e Manuel Gonçalves. “O sr. Alcobia era um génio, um decorador exímio. Tinha uma casa de móveis na Rua Ivens, em Lisboa, a Jalco, e andava sempre com os artistas da época”, conta Óscar Silva, diretor do hotel desde 1975, com quem a VISÃO Se7e falou no dia em que completou 51 anos de trabalho, na casa onde entrou como chefe de receção. Assim se explica o enorme espólio de Querubim Lapa (1925-2016), com cerca de 200 peças de cerâmica que adornam paredes, varandas e até puxadores de portas; a existência de uma escultura de João Cutileiro, exposta no jardim, e também a originalidade do bar, cuja parede está forrada com as bolas de vidro usadas nas redes pelos pescadores da época. “As cadeiras e mesas do bar, muitas destas peças decorativas da parte antiga, são originais da Jalco.” Em 1966, o edifício de quartos, restaurante e solário (onde é atualmente o restaurante) foi ampliado. Nasceu o jardim com a piscina redonda, cujo círculo interior tem uma profundidade de 4,70 metros. “É suspensa, em baixo havia uma discoteca com cinco pistas. Funcionava toda à roda, com sofás arredondados, mesas de mármore verde e lâmpadas encarnadas. Atuaram cá as Doce.” De estrelas portuguesas e internacionais está o livro de hóspedes cheio. “O cantor Joselito, a atriz norueguesa Inger Nilsson, que fez a Pipi das Meias Altas, até Américo Tomás dormiu cá no dia em que inaugurou a Ponte Salazar.” O hotel foi vendido no final da década de 70 à família iraquiana Al Baker e ampliado em 1992. Tem 160 quartos e oito suítes.
MORADAS
COMER
Casa Mateus
Lg. Anselmo Braamcamp, 4 > T. 96 365 0939 / 91 879 0697 > ter-dom 12h-15h, 19h-23h
O Zagaia
R. Dr. Peixoto Correia, 33-35 > T. 21 223 3117 > seg, qui-dom 12h30-15h30, 19h-23h, qua 19h-23h
O Melhor Croissant da Minha Rua
R. Serpa Pinto, 30 > T. 21 094 1501 > qua-seg 9h-19h
Aloha
Av. 25 de Abril, 9P > T. 96 447 9474 > ter-dom 9h-22h
Ribamar e Ribas
Av. dos Náufragos, 29 > T. 21 223 4853 > seg-dom 10h30-2h30
Barca Delta
R. Serpa Pinto, 8 > T. 21 223 3681 > qua-seg 12h-16h, 18h45-23h
O Rodinhas
R. Marquês de Pombal, 25 > T. 21 223 1557 > qui-ter 12h-22h30
Restaurante Filipe
Lg. da Marinha, 15 > T. 21 223 1653 > seg-dom 12h-22h
Lobo do Mar
Av. dos Náufragos, Porto de Abrigo > T. 21 223 5233 > seg-dom 11h-15h, 19h-23h
Casa Isaías
R. Coronel Barreto, 2> T. 91 457 4373 > seg-sáb 10h-12h
O Formiga
R. da Cruz, 11> T. 21 223 3297 > seg, qui-dom 12h-22h, ter 12h-15h30
Gelataria Fini
Av. dos Náufragos, 15 > T. 91 380 5885 > seg-sex 14h-24h, sáb 14h-01h, dom 14h-22h
Marzul
R. da Fortaleza, 45 A > T. 21 223 3139 > seg-dom 08h-2h
Tap House
A esplanada-restaurante-bar do interior da Fortaleza de Sesimbra vende cerveja artesanal da ABC, Arrábida Beer Company, além de petiscos, tostas e carnes na pedra. R. da Fortaleza > qua-seg 9h-22h
DORMIR
Hotel do Mar
R. General Humberto Delgado > T. 21 228 8300 > a partir de €80
SANA Sesimbra Hotel
Situado em frente à Praia da Califórnia, com uma vista esplendorosa para o mar, foi em tempos o Hotel Espadarte, cujo nome ainda é homenageado no restaurante do hotel.
Av. 25 de Abril > T. 21 228 9001 > a partir de €80
Sesimbra Hotel & Spa
São 84 quartos e oito suítes com varandas viradas para o mar, mesmo no centro da vila, e um spa para experimentar os melhores tratamentos.
R. Navegador Rodrigues Soromenho > T. 21 228 9800 > a partir de €100
VER
Castelo de Sesimbra
Vale a pena visitar pelo bom estado de preservação, mas também pela vista sobre a serra e o centro de Sesimbra, servindo em tempos como defesa da costa marítima.
R. Nossa Senhora do Castelo, 11 > T. 21 268 0746 > seg-dom 07h-20h > grátis
Museu Marítimo de Sesimbra
Situado no interior da Fortaleza de Sesimbra, conta a história piscatória da vila e outros detalhes da comunhão com o mar.
R. da Fortaleza > T. 93 842 7479 > 15 jun-16 set: ter-dom 15h30-19h, 20h30-23h00; 16 set-15 jun: ter-dom 10h-13h, 14h30-17h30 > €3
Moagem de Sampaio
R. da Terra da Eira, Sampaio > Tel. 21 228 8206 > qua-dom 09h-12h, 14h-17h30
Vertente Natural
Canoagem, passeios de barco pela costa, passeios para ver golfinhos, mergulho, passeios pedestres, espeleologia e coasteering, a atividade mais popular desta empresa de turismo ativo, que junta escalada, caminhada, natação, rapel e saltos para a água. Porto de Abrigo de Sesimbra, Loja 6 > T. 21 084 8919 > seg-sex 10h-18h, sáb-2dom 9h-18h
Assucena
R. da Fortaleza, 9 > T. 21 223 0410 > seg-dom 10h-19h
Mercado Municipal de Sesimbra
R. da República, 10 > ter-dom 07h30-14h
DocaPesca
Visitas guiadas, dinamizadas pela Câmara Municipal de Sesimbra, nas primeiras terças de cada mês, a partir das 15h30. Marçações pelo T. 93 245 6098 (Posto de Turismo de Sesimbra)
Lota de Sesimbra
Porto de Abrigo > Leilão: ter-sex, dom de manhã e às 16h, seg de manhã e às 15h
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