“Os idiotas arriscam tudo. É assim que se reconhecem”, disse o cineasta francês, Michel Audiard. Mas, sabemos, quem não arrisca, não vive – nem atravessa a rua, nem entra no mar, nem dá abraços, nem respira. No Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, Risco – Uma exposição para audazes quer pôr-nos a refletir sobre a nossa relação com o risco. Em 25 módulos interativos, produzidos pela Cité des Sciences, em colaboração com o Pavilhão do Conhecimento, fala-se de probabilidades, testa-se o perfil de risco, aprende-se o que acontece, a nível fisiológico, quando nos expomos.
Se nos declaramos à pessoa amada, por exemplo, que hipótese há de não sermos humilhados? Ou se apostamos na bolsa de valores, vamos perder ou ganhar? Todas as atividades humanas vêm com um preço e a maneira como aceitamos pagar ou não a fatura é muito pessoal, mas também circunstancial, estando relacionada com a forma como crescemos – se no campo, em liberdade, se na cidade, em ambiente sempre controlado, em que país e até em que período histórico. Arriscar ou não pode ser até muito pouco racional. Pensemos no risco de viajar de avião: por mais que todas as estatísticas confirmem ser bastante mais perigoso andar de carro, a maior parte das pessoas não o entende desta forma. Os antigos arriscavam-se no desconhecido, enfrentado o mar com pouco mais do que coragem, já hoje, há quem arrisque praticando desportos radicais, na bolsa de valores, na lotaria.
De tudo isto se fala em Risco – Uma exposição para audazes, concebida para toda a família. Vale a pena, por isso, arriscar-se a divertir-se. E sem medo de ser humilhado pelas crianças à volta, que ainda não cresceram o suficiente para se tornarem avessas ao risco.
Risco – Uma exposição para audazes > Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva > Al. dos Oceanos, Lote 2.10.01, Lisboa > T. 21 8 917 100 > até set 2017, seg-sex 10h-18h, sáb-dom 11h-19h > €5 a €9