Com o Terramoto de 1755, que destruiu grande parte da cidade de Lisboa, ruiu também a Igreja de Santo António. E logo a população se quis envolver na sua construção, participando também as crianças com a construção de pequenos altares colocados na rua e pedindo um tostãozinho para o Santo António. O gesto, que haveria de perdurar no tempo, não se perdeu, mas foi decaindo e é “com o objetivo de retomar a tradição que surgiu este desafio aos lisboetas”, explica Pedro Teotónio Pereira, diretor do Museu de Lisboa – Santo António, e que conta com a colaboração da EGEAC, empresa municipal responsável pela animação cultural.
O convite a decorar um trono de Santo António é dirigido a todos: crianças e adultos, lojistas, associações, escolas ou grupos desportivos. Do tamanho de uma caixa de sapatos ou tão grande quanto a imaginação, o único requisito obrigatório é a inclusão da imagem do santo, dando-se total liberdade no que à decoração diz respeito. Aos interessados, o Museu de Santo António disponibiliza também uma estrutura base. Depois é colocá-lo à soleira da porta, à janela ou na rua, durante o mês junho, o tempo que duram as Festas de Lisboa.
A participação implica uma inscrição – que é grátis mas termina já este domingo, 15. E porquê? Porque a partir das moradas dos participantes será criado um roteiro expositivo que desafia a percorrer a cidade nos dias 4 e 5 de junho e descobrir esta velha tradição. Falta dizer que os tronos serão também fotografados e postos em livro, tal com aconteceu o ano passado.
Sobre como se pode inscrever e para tirar outras dúvidas, é ir à página www.festasdelisboa.com. Está tudo lá e bem explicadinho.