Está lá a ponte sobre o Tejo à noite, o Palácio da Ajuda visto da Faculdade de Arquitetura e o Elevador de Santa Justa desenhado ao pormenor. Estão as praças e os elétricos, os miradouros, os becos perdidos e as escadinhas que ora sobem, ora descem. Estão também os encontros à beira-rio, a roupa estendida no cordão, a mercearia de bairro e até uma receita de queques, com ingredientes e medidas para seguir. E ainda as enormes palmeiras do Jardim Botânico, os telhados vistos de uma janela e o jardim da Gulbenkian num suposto último dia de verão.
Como um álbum que se pega e se vai folheando, o livro Lisboa por Urban Sketchers reúne 120 desenhos que mostram “a cidade de um ponto de vista pessoal, a partir das rotinas diárias e dos percursos que se fazem habitualmente”, diz Mário Linhares, cofundador, juntamente com Eduardo Salavisa, dos Urban Sketchers, essa comunidade de desenhadores que vem juntando, desde 2009, pessoas de todas as idades, profissões e cantos do País.
O desafio à participação foi lançado no blogue do grupo, onde se partilham desenhos e se marcam encontros para encher cadernos, cabendo à editora, a Zest books, fazer a seleção. Entre tentar não deixar ninguém de fora e incluir pelo menos um desenho de cada pessoa, chegou-se a estes 45 autores que partilham, agora em livro, a sua forma (não tão óbvia) de ver Lisboa.
Lisboa por Urban Sketchers > Zest Books > 150 pág. > €12,50