O passo vai abrandando de ritmo à medida que percorremos o Sublime Lisboa, para apreciar a escultura de grandes dimensões do artista Rui Chafes, assim como diversos quadros que decoram as paredes deste hotel de charme. Entre as Amoreiras e o Marquês, trata-se da segunda unidade hoteleira do grupo Sublime e vem juntar-se ao resort na Comporta, numa herdade com 17 hectares rodeados por pinheiros-mansos, sobreiros e dunas selvagens.
A fachada, a escadaria, os tetos altos e os estuques originais lembram-nos de que estamos no interior de um antigo palacete do início do século XX. Do piso térreo ao sótão, vamos descobrindo diferentes tonalidades, padrões e texturas, que se unem de forma harmoniosa, não só na biblioteca como também nos 15 quartos (incluindo as duas suítes com terraço). Embora cada um tenha uma identidade e dimensões distintas, a utilização de papel de parede com formas geométricas é comum a todos. Em alguns, destacam-se, ainda, os painéis de azulejo Viúva Lamego, os espelhos venezianos comprados em lojas de antiguidades, e o mobiliário da marca suíça Vitra, como o pequeno armário usado como mesa de cabeceira ou de apoio.

Misturando uma estética vintage com detalhes mais modernos, o atelier português Andringa Studio assina o projeto de renovação e decoração do Sublime Lisboa, considerado um dos 42 melhores hotéis do mundo, para 2022, pela National Geographic Traveller.
A visita – sempre acompanhada pelo perfume dos ambientadores, feito com plantas e flores do jardim do Sublime Comporta – termina inevitavelmente à mesa do restaurante Davvero (eleito pela Condé Nast Traveller como um dos 16 melhores restaurantes de Lisboa), que aposta numa ementa italiana clássica, na qual se inclui, entre outros pratos, o spaghettoni de Gragnano Cacio e Pepe, com queijo pecorino e pimenta-preta. O sabor é subtil, mas fica na memória – tal como tudo neste hotel, de resto.

Sublime Lisboa > R. Marquês de Subserra, 10, Lisboa > T. 21 846 2121 > a partir de €255